Equipe da OPAQ poderá entrar em Duma na quarta-feira, segundo embaixada russa

  • 17/04/2018 08h40 - Atualizado em 17/04/2018 08h41
EFE Rússia nega que tenha "manipulado" as provas do suposto ataque químico

Os especialistas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) poderão entrar na cidade síria de Duma na próxima quarta-feira para investigar o suposto ataque químico do último dia 7 de abril.

Um funcionário russo, Igor Kirillov, declarou em entrevista coletiva em Haia que nesse dia a OPAQ terá “segurança” para começar a investigação, depois que se tenha terminado de limpar a estrada que liga Damasco a Duma das minas plantadas pelos “terroristas”, detalhou.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou hoje que seu país impeça o acesso dos especialistas da OPAQ a Duma, assim como as acusações de que a Rússia “manipulou” as provas do suposto ataque químico cometido nessa cidade de Ghouta Oriental próxima a Damasco.

Além disso, reforçou que as autoridades russas têm “evidências claras” de que não houve um ataque químico em Duma e acusou os serviços de inteligência britânicos de “manipular” o ocorrido para “preparar o terreno” ao bombardeio conjunto de EUA, Reino Unido e França, que aconteceu no sábado passado contra instalações químicas do regime sírio.

Kirillov, que garantiu que ele mesmo visitou Duma como especialista neste tipo de armamento, afirmou que as autoridades russas não têm “nenhuma intenção” de impedir as investigações do incidente e reiterou que “cooperarão” com a equipe da OPAQ.

Por sua parte, o embaixador russo na OPAQ, Alexander Shulgin, acrescentou que “não há provas fidedignas” do suposto ataque e que há “algumas crianças que tossiam muito, mas isso não teria sido causado por um agente químico”, advertiu.

“Só se pode respirar gás sarin uma vez na vida. Perguntamos às pessoas no hospital de que cor era o gás químico do qual falavam, e nos disseram que era de todas as cores. Não sabiam de que estavam falando. É tudo uma montagem”, garantiu Shulgin.

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