Especialistas da Opaq entram em Douma, diz agência síria

  • Por Agência EFE
  • 17/04/2018 11h17 - Atualizado em 17/04/2018 11h25
EFE Especialistas entraram nesta terça-feira à cidade de Douma, na Síria, para investigar o suposto ataque químico

Os especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) entraram nesta terça-feira à cidade de Douma, na Síria, para investigar o suposto ataque químico do dia 7 de abril, informou a agência oficial de notícias do país árabe, “Sana”.

“Os especialistas da Organização de Armas Químicas estão entrando na cidade de Douma”, situada em Ghouta Oriental, que foi o reduto opositor nos arredores de Damasco, apontou a fonte em uma breve mensagem.

A agência não deu mais detalhes a respeito e a OPAQ não emitiu nenhum comunicado confirmando esta informação.

No entanto, a Rússia – aliada da Síria no conflito – já anunciou ontem que a OPAQ terá “segurança” para começar nesta terça-feira a investigação.

Era esperado que as unidades russas e sírias – ambas desdobradas na cidade – terminassem de limpar a estrada de Damasco a Duma das minas instaladas pelos rebeldes da facção Exército do Islã, que ocupavam anteriormente a cidade.

Ontem a OPAQ denunciou que seus analistas não puderam acessar a cidade devido a “questões de segurança” alegadas por Rússia e Síria.

Além disso, esta equipe, que chegou a Damasco no último sábado, recebeu uma oferta das autoridades sírias para transferir à capital um total de 22 supostas testemunhas do ocorrido em Duma, onde segundo duas ONGs apoiadas por Washington, um total de 42 pessoas morreram com sintomas de asfixia, embora nenhuma outra fonte tenha confirmado esta informação.

Os Estados Unidos mostraram ontem sua preocupação quanto à hipótese de a Rússia ter manipulado qualquer vestígio e chamou todas as partes envolvidas no conflito a permitir uma investigação “segura, rápida e com acesso total” à OPAQ.

As suspeitas do ataque supostamente realizado com substâncias químicas motivaram um bombardeio conjunto lançado no último sábado por EUA, França e Reino Unido contra posições governamentais ligadas ao programa de armamento químico de Damasco.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.