Estado Islâmico assume autoria de atentado na capital do Curdistão iraquiano

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 09h40

Mossul (Iraque), 21 nov (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado suicida que na quarta-feira causou a morte de pelo menos quatro pessoas em Erbil, capital da região autônoma do Curdistão iraquiano.

Em comunicado divulgado nas últimas horas em um site islamita, o EI informou que “um dos destacamentos dos cavaleiros do califado na província de Kirkuk ultrapassou todas as barreiras de segurança do governo traidor do Curdistão e conseguiu chegar ao coração de Erbil”.

Além disso, identificou o suicida como Abderrahman al-Kurdi, que detonou um carro-bomba em frente à sede do governo de Erbil.

A organização jihadista ameaçou na nota lançar mais ataques contra as forças de segurança curdas, acusadas pelo grupo de ser “agentes dos serviço secreto dos Estados Unidos”.

Por outro lado, as autoridades curdas prenderam cerca de vinte suspeitos, que estão sendo interrogados para determinar quem são os responsáveis pelo atentado.

Além disso, aumentaram os postos de controle e as inspeções em veículos em Erbil, e fechou os acessos à cidade como medida de prevenção por temor de novos ataques.

O governador de Erbil, Nuzad Hadi, declarou na quarta-feira em entrevista coletiva que um terrorista tentou entrar com um veículo carregado de explosivos na sede do governo, mas a segurança do edifício disparou contra o carro, que explodiu.

No fim de setembro de 2013, pelo menos seis civis morreram e 42 ficaram feridos em um atentado com carro-bomba perto das sedes dos serviços secretos curdo-iraquianos em Erbil e, em seguida, supostos terroristas tentaram entrar no edifício.

Em geral, o Curdistão iraquiano permaneceu a salvo da violência que assola outras partes do país, pois quase não foram registrados atentados em suas três províncias.

As tropas curdas (peshmergas) enfrentam atualmente os jihadistas do EI, que estão tentando ampliar as zonas sob seu domínio no norte do Iraque. EFE

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