Estudo sobre tiroteio em escola nos EUA aponta problemas mentais do assassino

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 23h48

Nova York, 21 nov (EFE).- Um relatório médico sobre o jovem que matou 20 crianças e sete adultos a tiros em um colégio do estado de Connecticut, há dois anos, concluiu que Adam Lanza sofria transtornos mentais e que ninguém ao seu redor havia percebido a gravidade da situação.

O dia 14 de dezembro de 2012 ficou marcado depois que Adam Lanza, de 20 anos, matou a tiros a própria mãe e se dirigiu à escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, onde assassinou mais 26 pessoas antes de se suicidar.

O extenso relatório elaborado por um grupo de especialistas médicos designados pelo estado de Connecticut, divulgado nesta sexta-feira, afirma que o jovem “estava completamente sem tratamento nos anos anteriores aos disparos”, o que contribuiu para o isolamento que sofria.

O estudo indica que o jovem sofria “graves problemas de saúde mental” e que sua mãe, Nancy Lanza, não seguiu as recomendações de especialistas da Universidade de Yale para que o medicasse, de modo a tratar os transtornos mentais.

Segundo o relatório, o jovem estava rodeado de armas em casa e dedicava muito tempo a jogos de videogame violentos. Os especialistas afirmam que havia indícios de violência por parte de Adam Lanza que podiam ser notados em alguns de seus escritos.

O documento, de 114 páginas, informa que o autor do massacre sofria de ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo, entre outros problemas, o que piorou com os anos e eventualmente o levou a um “virtual isolamento social”.

“Encorajado por uma comunidade cibernética e uma microssociedade de entusiastas de massacres com os quais se comunicava por e-mail”, o jovem se tornou uma pessoa obsessiva por massacres, afirma o relatório.

Nem os pais, nem os médicos que o trataram, nem os professores que o tiveram como aluno perceberam o nível de perturbação mental de Lanza e da necessidade que o jovem tinha de receber um tratamento intenso. EFE

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