EUA acusam ONU de “hostilidade contra Israel”

  • Por EFE
  • 08/12/2017 17h23
EFE/ Jason Szenes Embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, defende a posição norte-americana perante o Conselho de Segurança da ONU e reafirma: "Israel tem direito a determinar qual é sua capital"

Os Estados Unidos criticaram nesta sexta-feira as Nações Unidas por uma suposta “hostilidade contra Israel” que a organização teria há “muitos anos” e defendeu a decisão de aceitar “o óbvio” ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

“As Nações Unidas causaram mais danos às possibilidades de uma paz no Oriente Médio do que as fizeram avançar”, afirmou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, ao participar hoje de uma sessão do Conselho de Segurança.

A sessão foi convocada na quarta-feira após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que o país reconhecia Jerusalém como capital de Israel e iniciaria o processo para transferir sua embaixada de Tel Aviv para a cidade.

Na reunião, convocada por oito dos 15 integrantes do Conselho de Segurança, entre eles três com assento permanente nesse órgão, Haley defendeu a decisão de Trump a partir do acordo aprovado em 1995 pelo Congresso dos Estados Unidos.

Segundo a embaixadora, os EUA “reconhecem o óbvio, que Jerusalém é a capital de Israel”, mas deixam claro que esse passo não implica em nenhuma posição quanto às fronteiras do estado de Israel que “ainda precisam ser definidas”.

Também não significa que essa decisão represente uma posição sobre o status final do Jerusalém, que, de acordo com Haley, deve ser definido nas negociações de paz entre palestinos e israelenses que Washington continua respaldando.

“Israel tem direito a determinar qual é sua capital”, frisou a embaixadora, acrescentando que é “senso comum” que as embaixadas se localizem onde está o governo, como acontece em muitos outros países, e “em Israel não deveria ser algo diferente”.

No entanto, em linha com outros pronunciamentos anteriores do governo de Donald Trump, Haley aproveitou para lançar um ataque às Nações Unidas por sua “hostilidade contra Israel” e disse que os Estados Unidos não querem participar disso.

Além disso, destacou que os Estados Unidos não aceitarão receber lições de “países que carecem de credibilidade” quando informam suas posturas sobre Israel e Palestina.

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