EUA condenam atentado em mesquita da Nigéria e recentes ataques contra civis

  • Por Agencia EFE
  • 29/11/2014 00h50

Washington, 28 nov (EFE).- O governo dos Estados Unidos condenou “nos termos mais enérgicos” o atentado “horrendo” desta sexta-feira contra uma mesquita na Nigéria e os “recentes ataques contra civis inocentes” que aconteceram no nordeste do país africano.

“Oferecemos nossas mais profundas condolências às famílias e aos entes queridos das pessoas mortas e feridas”, disse em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki.

Segundo a porta-voz, os EUA acreditam que o atentado foi obra do grupo jihadista Boko Haram, que “continua com seus esforços para desestabilizar a Nigéria”.

O atentado foi contra uma importante mesquita de Kano, no norte da Nigéria, muito próxima ao palácio do emir dessa cidade, e resultou em dezenas de mortes.

Segundo o chefe de polícia local, Samuel Lemu, o atentado deixou 35 mortos e cerca de 150 feridos após três explosões no interior da Mesquita Central de Kano, a capital do estado de mesmo nome.

No entanto, o número de mortos pode chegar a 300, de acordo com as declarações de diversas testemunhas para veículos da imprensa local.

Os rumores sobre a possível morte do emir de Kano, Sanusi Lamido Sanusi, uma das personalidades mais influentes da Nigéria, foram desmentidos horas mais tarde, depois que se soube que ele estava em Meca, na Arábia Saudita, confirmaram à Agência Efe fontes próximas do líder religioso.

O emir sugeriu recentemente que seus fiéis se defendessem contra os jihadistas do Boko Haram, que realizaram atentados em ocasiões anteriores na cidade e mantêm uma campanha de violência no norte da Nigéria.

Apesar de nenhum grupo ter reivindicado a autoria do atentado, tudo indica que o mesmo foi obra do Boko Haram.

Com o ataque desta sexta-feira, os extremistas podem ter duplicado o número de mortes que causaram ao longo da semana no norte da Nigéria, onde efetuaram ataques que deixaram pelo menos 120 mortos.

“Os Estados Unidos apoiam o povo da Nigéria em sua luta contra o extremismo violento e a ameaça do terrorismo”, lembrou a porta-voz do Departamento de Estado no comunicado. EFE

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