Ex-presidente da Coreia do Sul é acusada de receber US$ 3,3 milhões em propina

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/01/2018 11h41
EFE EFE A ex-presidente teria usado fundos para pagar custos de manutenção em sua residência privada e outros gastos, inclusive dinheiro para incentivar assessores

Promotores entraram com uma acusação contra a ex-presidente Park Geun-hye, pelo suposto recebimento de propina com dinheiro público de seus ex-chefes do setor de espionagem. Atualmente presa, Park é acusada de levar no total US$ 3,3 milhões em fundos oficiais de três ex-chefes do setor de inteligência, disse um funcionário do escritório da promotoria no centro de Seul.

A ex-presidente teria usado fundos para pagar custos de manutenção em sua residência privada e outros gastos, inclusive dinheiro para incentivar assessores, disse a fonte, que pediu anonimato por não estar envolvido diretamente na investigação. Dois ex-diretores do serviço nacional de inteligência já foram acusados de aceitar dinheiro dos cofres da agência para dar a aliados próximos da ex-líder do país.

Park foi retirada do posto em março de 2017 e será julgada por uma série de acusações de corrupção, entre outras, que poderiam levar a uma longa pena de prisão. Ela foi acusada de conluio com uma amiga de longa data, Choi Soon-sil, para conseguir dezenas de milhões de dólares de empresas em propinas e extorsão. A queda da presidente ocorreu após meses de protestos, que levaram milhões de sul-coreanos às ruas.

Em outubro de 2017, Park disse ser vítima de “vingança política” e os advogados dela se demitiram coletivamente, em um aparente protesto após um tribunal de Seul decidir estender sua prisão. O tribunal apontou novos advogados desde então, mas ela não tem comparecido às audiências, alegando estar doente.

A fonte da promotoria disse que um veredicto no novo caso pode sair nos próximos meses. As acusações anteriores já poderiam deixá-la na cadeia para o resto da vida.

Filha de um ditador que divide opiniões, Park tornou-se a primeira presidente da Coreia do Sul no início de 2013. Um pequeno número de partidários dela, muitos acima de 50 anos, têm se manifestado nos últimos meses pela libertação dela.

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