Ex-presidente Uribe será investigado por tweets sobre sequestro de general

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 20h24

Bogotá, 21 nov (EFE).- O procurador Alejandro Ordóñez investigará se existem irregularidades na série de mensagens de Twitter nas quais o ex-presidente e agora senador Álvaro Uribe Vélez revelou que o general Rubén Dario Alzate tinha sido sequestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Em um fórum de vítimas do conflito armado realizado em Medellín, Ordóñez explicou que pretende estabelecer se Uribe incorreu em alguma irregularidade ao divulgar informação confidencial e, se for assim, iniciar um processo contra o ex-presidente.

“Essas condutas terão que ser avaliadas, seria preciso avaliar as circunstâncias que se desconhecem sobre as informações que foram obtidas pelo senador Uribe”, declarou o procurador à “Caracol Radio”.

No domingo passado, horas antes que o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, confirmasse em entrevista coletiva o sequestro de Alzate junto com dois acompanhantes no noroeste da Colômbia, o ex-presidente começou a revelar informações na rede social.

“Informam que teria ocorrido uma novidade com um oficial de alta graduação do exército! Fiquem tentos”, escreveu então Uribe em seu conta no Twitter.

Em mensagens posteriores, chegou a expor as coordenadas exatas nas quais o incidente aconteceu e detalhes do mesmo, como que todos os sequestrados estavam vestidos com roupas civis.

Sem fazer referência direta a Uribe, Pinzón pediu cautela na hora de divulgar detalhes do sequestro já que podem pôr em perigo a vida dos reféns.

As suspeitas sobre o ex-presidente fizeram com que, após a confirmação de que o general e seus acompanhantes seriam libertados, o senador do partido de esquerda Polo Democrático Alternativo, Ivan Cepeda, pedisse a Uribe que não publicasse as coordenadas de onde seriam entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Alzate, seus dois acompanhantes e outros dois soldados sequestrados uma semana antes pela guerrilha serão libertados em breve em áreas que ainda serão definidas pelo governo e as Farc. EFE

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