Ex-presos políticos chilenos deixam greve de fome após acordo com Governo

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2015 21h24

Santiago (Chile), 23 mai (EFE).- Quase uma centena de ex-presos políticos da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990) puseram neste sábado fim a uma greve de fome de 40 dias, depois de fechar um acordo com o governo chileno para melhorar suas pensões e outros benefícios.

O Ministério do Interior anunciou o acordo em comunicado no qual informou que será criada uma mesa de alto nível que proporá “medidas concretas às demandas reparatórias” dos ex-presos, que reivindicam o aumento das pensões que recebem e a concessão de outros benefícios.

A mesa será presidida pelo bispo de Rancagua, Alejandro Goic, e a integrarão representantes dos ex-presos políticos, do Governo, do Congresso, do Instituto Nacional de Direitos Humanos e o representante regional do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A instância revisará as indenizações civis reparatórias e buscará fórmulas que permitam cumprir com as obrigações estabelecidas pela ONU sobre a matéria.

A mesa também estudará e pactuará medidas administrativas, judiciais e legais que serão estabelecidas nos próximos seis meses para dar uma solução aos beneficiados das pensões Valech, pagas a quem sofreu tortura durante a ditadura.

O governo chileno se comprometeu a enviar ao Congresso um projeto de lei para definir uma “contribuição única de caráter reparatório” com base nas propostas formuladas durante a negociação entre os ex-presos políticos e o Executivo, segundo o Ministério do Interior do país. EFE

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