Explosão e confrontos no Afeganistão deixam 49 mortos, entre eles 7 civis

  • Por Agencia EFE
  • 21/12/2014 08h27

Cabul, 21 dez (EFE).- Pelo menos 49 pessoas morreram, entre elas sete civis, pela explosão de uma bomba e em enfrentamentos entre forças de segurança e insurgentes no Afeganistão, informaram neste domingo à Agência Efe fontes oficiais.

Os sete civis, entre eles crianças idosos, estavam em um veículo e morreram após a explosão na tarde de ontem de uma bomba na província de Kunar, afirmou o porta-voz do governador provincial, Abdul Gani Mosamem.

O ataque ocorreu em Sangar Gosha, no distrito de Nari, quando o veículo vinha da capital da província, Asadabad, afirmou o porta-voz.

Os atentados suicidas são, ao lado dos artefatos explosivos improvisados, os métodos mais usados pelos talibãs para atacar as forças afegãs e internacionais, embora na prática causem muitas vítimas civis.

O número de vítimas civis no conflito afegão aumentou 19% entre janeiro e novembro em relação a 2013 e já alcançou três mil mortos e seis mil feridos, segundo dados da ONU.

No distrito de Quash Tapa, na província de Jawzjan, sete policiais e cinco supostos insurgentes morreram no ataque de aproximadamente 300 talibãs contra um posto de controle policial. As forças de segurança conseguiram conter o avanço insurgente após duas horas de enfrentamentos.

Outros doze supostos talibãs ficaram feridos após o ataque a um posto da polícia, disse o chefe da polícia da província, Faqir Mohammed Jawzjani.

Além disso, as operações das forças da segurança afegãs em várias partes do país deixaram 28 supostos insurgentes e dois agentes mortos nas últimas 24 horas.

Em Dangam, na província de Kunar, os combates prosseguem pelo oitavo dia, desde que no domingo passado cerca de 1.200 insurgentes afegãos e paquistaneses realizaram ataques coordenados contra postos de segurança na localidade.

O Afeganistão atravessa um dos momentos mais complicados desde a invasão dos Estados Unidos e o final do regime talibã, há treze anos, com um aumento nos últimos meses dos ataques insurgentes. A missão da Otan no país será finalizada em 31 de dezembro.

No entanto, os Estados Unidos manterão 10.800 soldados e a Aliança Atlântica entre três e quatro mil militares no país, desempenhando um papel de assessoria e treinamento. EFE

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