Expo 2017 de Astana já conta com 45 países e quer atrair América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 20h41

Washington, 4 set (EFE).- Um total de 45 países confirmou participação na Exposição Universal de 2017 em Astana, capital do Cazaquistão, que será focada na energia do futuro e que busca captar o interesse da América Latina, disse nesta sexta-feira em Washington o primeiro vice-ministro de Relações Exteriores do país centro-asiático, Rapil Zhoshybayev.

“Quarenta e cinco países confirmaram participação oficial”, afirmou à Efe Zhoshybayev, que está nos Estados Unidos em visita oficial a fim de promover o evento e obter o apoio do governo americano.

“Convidamos para participar (os EUA). Eles já participaram de outras Expos. Nos manifestaram um grande apoio à organização deste evento”, afirmou o vice-ministro, que se reuniu com altos funcionários do Departamento de Estado e de Energia, assim como com diretores de corporações americanas.

“Há certos procedimentos que (os EUA) devem resolver a fim de decidir quais companhias irão, antes de fazer um anúncio oficial sobre sua participação”, acrescentou o representante da diplomacia cazaque, cujo país pretende contar no evento de 2017 com mais de cem países e dez organizações internacionais.

Durante sua visita, que começou em 2 de agosto, Zhoshybayev pediu o apoio do Banco Mundial (BM), com sede em Washington, que segundo ele se tornou a “quinta organização internacional a confirmar sua participação”, junto com outras como a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Entre os países que já confirmaram presença na Exposição Universal de Astana estão Rússia, China, Japão e alguns europeus, como a Alemanha, França, Hungria e Suíça.

Sobre a participação da Espanha, Zhoshybayev afirmou que o Cazaquistão recebeu “confirmação verbal” e espera ter a “oficial”.

Quanto à América Latina, Cuba confirmou oficialmente que irá, segundo os dados da organização.

O vice-ministro explicou que a Expo 2017 tem interesse em atrair mais países da América Latina, e por isso ele planeja visitar em breve a região.

“Assim que terminar a visita nos EUA (no próximo dia 11), vamos avaliar a logística para minha ida à América Latina. Argentina, Brasil e Chile são os próximos países que vou visitar”, antecipou Zhoshybayev na embaixada do Cazaquistão.

O vice-ministro lembrou que o lema da Exposição Universal é “A energia do futuro”, um tema “sobre o qual todo o mundo está pensando”, incluindo o Cazaquistão, que conta com grandes recursos naturais como petróleo, gás natural ou urânio.

“Muitos países que ainda usam combustível tradicional estão pendentes das novidades” que possam surgir no setor energético, disse ele.

Ainda de acordo com o vice-ministro, “seria interessante para os países latino-americanos falar com seus parceiros e outros países na expo para ver quais novidades haverá na energia do futuro”, tanto no âmbito das energias renováveis como no das energias tradicionais como a nuclear ou a procedente de hidrocarbonetos.

Segundo Zhoshybayev, são esperados “cinco milhões de visitantes”, dos quais “entre 15% e 20% serão estrangeiros”.

O diplomata reconheceu que a localização geográfica do país, “cercado de terra”, torna necessária a viagem de avião para o acesso de turistas estrangeiros.

Por isso, o Cazaquistão, nono maior país do mundo (seu território é maior que o da Europa Ocidental), quer melhorar as infraestruturas nacionais para 2017 com a renovação, por exemplo, do aeroporto internacional de Astana.

“Há certas limitações sobre os voos que temos, mas estamos trabalhando para expandí-los”, explicou o primeiro vice-ministro, além de acrescentar que estão sendo feitas gestões para habilitar “um voo direto entre Nova York e Astana”, entre outros.

Após sua parada em Washington, Rapil Zhoshybayev irá a Nova York e San Francisco para promover a Expo, que será realizada entre junho e setembro de 2017. EFE

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