Forças de segurança rodeiam hotel em Trípoli atacado pelo EI

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2015 12h49

Trípoli, 27 jan (EFE).- Milícias e forças do governo rebelde em Trípoli rodeiam o hotel Corinthia, em cujo interior estão vários terroristas que nesta terça-feira perpetraram um atentado na capital líbia que deixou seis mortos, informaram à Agência Efe fontes de Segurança líbias.

O ataque, no qual aparentemente participaram quatro homens armados, um dos quais está detido, foi reivindicado pela braço líbio do jihadista Estado Islâmico (EI), em comunicado divulgado pelo site americano SITE, que vigia os movimentos terroristas.

Segundo as fontes, os homens armados se refugiaram no hotel, sede do governo rebelde líbio e de diferentes missões diplomáticas, após a explosão de um carro-bomba.

Os pistoleiros entraram no recinto após abrir fogo contra os guardas de segurança, matando três deles, indicaram as fontes.

As outras vítimas mortais são de nacionalidade estrangeira e morreram pelos disparos dos terroristas, enquanto, além disso, três mulheres filipinas, uma delas secretária de uma empresa privada, ficaram feridas.

O atentado ocorre apenas horas depois que do início do segundo dia da nova rodada de diálogos apoiada pela ONU em Genebra, que procura alcançar uma solução que permita que a Líbia saia do caos e do espiral de violência no qual vive desde que em 2011 a Otan contribuiu para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi.

Desde então, o país está dividido, com dois governos, um internacionalmente reconhecido em Tobruk e outro rebelde em Trípoli, apoiado por milícias islamitas, ex-generais admiradores de Khadafi, líderes tribais e senhores da guerra vinculados com o tráfico de armas, drogas e pessoas.

Semanas atrás, fontes de inteligência norte-americanas e europeias filtraram um documento no qual advertia que células vinculadas ao EI tinham se instalado no leste da Líbia, onde aparentemente acolhem e treinam jihadistas da Tunísia, Argélia e outras áreas do norte da África e o Sahel dispostos a se unir à jihad na Síria e Iraque. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.