Futuros membros da força militar árabe conjunta se reunirão dentro de um mês

  • Por Agencia EFE
  • 29/03/2015 12h49

Cairo, 29 mar (EFE).- Os chefes de Estado-Maior dos países árabes que quiserem se unir à força militar conjunta aprovada na cúpula da Liga Árabe se reunirão dentro de um mês para estudar os mecanismos de aplicação deste projeto.

O secretário-geral da Liga, Nabil Elaraby, anunciou que as conclusões da reunião de ontem e hoje sobre essa união serão encaminhadas a uma comissão trilateral árabe formada por Kuwait, Egito e Marrocos para aprofundar os estudos técnicos e políticos sobre o projeto da força militar.

O papel desses países na comissão não significa sua participação na força militar, mas os três foram designados por sediarem a anterior, a atual e a próxima cúpula árabe, que será realizada no Marrocos conforme decidiram os chefes de Estado árabes neste domingo.

Na fase final, o projeto será proposto perante o Conselho Árabe de Defesa Conjunta, formado pelos ministros das Relações Exteriores e de Defesa árabes, para aprová-lo.

Em entrevista coletiva no fim da cúpula, Elaraby anunciou que a adesão a essa força é voluntária. O governo iraquiano foi o único que apresentou ressalvas de forma aberta sobre a iniciativa através de uma carta enviada à Liga Árabe, na qual disse que Bagdá “não quer aprovar a iniciativa antes que haja um diálogo sobre ela”.

A reação do Iraque foi explicada pelo secretário-geral do organismo como um pedido para que haja mais debates sobre essa iniciativa, e não como uma oposição.

A criação da nova força militar, estipulada durante a cúpula que foi encerrada neste domingo na cidade egípcia de Sharm el Sheikh, pretende combater as ameaças contra a segurança nacional, a expansão de grupos terroristas e as ingerências estrangeiras, segundo o comunicado final da conferência.

O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, disse que os líderes árabes decidiram formar uma equipe de representantes de alto nível, sob a supervisão dos chefes de Estado-Maior dos exércitos árabes, para preparar os mecanismos necessários para a criação dessa força e sua formação.

Segundo Al Sisi, é “necessário enfrentar de forma urgente e equilibrada os desafios” que a região atravessa, entre os quais citou o terrorismo, as ingerências estrangeiras e o sectarismo, em alusão à consolidação da influência iraniana em alguns países árabes.

Segundo o projeto de resolução para a criação desse exército comum, a nova força “cumprirá as missões de intervenção militar rápida para enfrentar os desafios que possam ameaçar a segurança e a soberania de qualquer dos países-membros”. EFE

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