Governo autoriza permanência do exército no Complexo da Maré

  • Por Agencia EFE
  • 29/07/2014 17h01

Rio de Janeiro, 29 jul (EFE).- O governo autorizou nesta terça-feira a permanência do exército por tempo indefinido no Complexo da Maré, conjunto de favelas no Rio de Janeiro com população de 130 mil pessoas, e que foi ocupado em abril em uma operação para expulsar as facções criminosas do local.

A decisão para que 2.400 militares permaneçam na comunidade foi anunciada hoje após uma reunião entre os ministros da Defesa, Celso Amorim, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

Inicialmente, os membros das Forças Armadas, que ajudaram a ocupar o complexo e a expulsar aos traficantes, permaneceriam nas comunidades da Maré até 31 de agosto, quando seriam substituídos por policiais.

Mas como os policiais que substituiriam os militares ainda não terminaram sua formação, o governo optou por autorizar a permanência dos soldados em um número ainda não definido e pelo tempo que for necessário.

“A operação foi um sucesso e por isso decidimos prorrogar a permanência do exército”, explicou o ministro da Justiça. Cardozo disse ainda que em uma reunião marcada para 11 de agosto será discutido o cronograma de transição do exército para a polícia.

O Complexo da Maré, localizado em um lugar estratégico do Rio de Janeiro, cortado por três grandes avenidas e a poucos quilômetros do aeroporto internacional, foi ocupado pelas autoridades dois meses antes do início da Copa do Mundo.

Os militares só sairão do conjunto de favelas quando o governo estadual instalar no complexo uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

O Complexo da Maré, composto por 15 comunidades, era considerado o último grande reduto do tráfico no Rio de Janeiro até abril, quando 1.200 policiais liderados pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), apoiados por 21 blindados militares, ocuparam o local.

Uma semana depois os militares substituíram os policiais nas tarefas de patrulhamento das comunidades do complexo. EFE

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