Governo Trump quer manter poder de assumir controle companhia financeira em crise

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/02/2018 15h03
EFE/ ERIK DE CASTRO / POOL Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump realizou um giro pela Ásia A comunicação do presidente gerou algumas críticas de conservadores sobre a OLA e pedidos para que o Tesouro reveja a política

A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recomendou que o governo mantenha o poder de assumir o controle de uma companhia financeira em dificuldades no caso de uma crise. A decisão entra em confronto com a opinião de alguns congressistas republicanos conservadores para lidar com a lei financeira Dodd-Frank, de 2010.

Em relatório desta quarta-feira, o Departamento do Tesouro pede mudanças para corrigir o que qualifica como “defeitos sérios” na legislação sobre como e quando pode ser usada a chamada autoridade para liquidação ordenada (OLA, na sigla em inglês). Como esperado, o Tesouro sustenta que esse poder deve ser mantido como uma opção, caso uma grande instituição financeira esteja à beira da falência.

“O Tesouro compartilha muitas das preocupações levantadas pelos críticos da OLA”, afirma o documento. De acordo com o Tesouro, porém, essa modalidade é preferível ao risco de contágio em contextos de desestabilização financeira ou de pacotes de ajuda dos governos.

O relatório também recomendou mudanças no código de falências para facilitar que essas falências seja resolvidas judicialmente, sem que o governo tenha de assumir o controle da empresa.

O documento responde a um memorando anterior de Trump. A comunicação do presidente gerou algumas críticas de conservadores sobre a OLA e pedidos para que o Tesouro reveja a política, gerando preocupações tanto em banqueiros quanto em reguladores sobre essa crucial salvaguarda.

Os reguladores permitem que a OLA tome ativos e liquide uma instituição financeira, caso considere que a falência dela seria uma ameaça à estabilidade financeira americana, similar ao pânico causado pela falência do Lehman Brothers há quase década. Essa ação tinha como objetivo ser uma alternativa a pacotes de ajuda pagos pelos contribuintes.

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