Gross agradece ações que permitiram libertação e apoia aproximação com Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 17/12/2014 19h08

Washington, 17 dez (EFE).- O americano Alan Gross agradeceu nesta quarta-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelas ações para sua libertação e expressou seu apoio às medidas de aproximação com o governo cubano anunciadas pelo governo americano.

“Obrigado, presidente Obama, por tudo o que fez hoje”, disse Gross, que estava acompanhado na entrevista coletiva de sua esposa, Judy.

Gross chegou hoje aos Estados Unidos poucas horas depois de a Casa Branca confirmar que o governo de Cuba o tinha colocado em liberdade “por razões humanitárias”. O funcionário terceirizado foi detido em 2009 quando trabalhava em um programa para facilitar o acesso da comunidade judaica à internet no país caribenho.

O americano agradeceu congressistas, como o senador republicano Jeff Flake e os representantes democratas Chris Van Hollen e Barbara Lee, por suas visitas e apoio, assim como o gerenciamento de ações para sua libertação.

No entanto, assinalou que, “em última instância, a decisão de organizar e assegurar minha libertação foi tomada no Salão Oval”, em referência ao presidente Obama. Ele reconheceu os “incríveis desafios” que os Estados Unidos e a comunidade internacional enfrentam.

Gross expressou seu “máximo respeito” e “carinho” aos cubanos, que, “de modo algum são responsáveis pela prova à qual minha família e eu fomos submetidos”.

“Me dói vê-los tratados tão injustamente em consequência das políticas beligerantes mútuas dos dois governos”, que duraram mais de cinco décadas.

Ele manifestou seu desejo de poderem “agora superar as políticas beligerantes mútuas”, e disse ter ficado “muito feliz” ao escutar o anúncio do presidente Obama, “um elemento de mudança que apoio plenamente”.

O ex-funcionário terceirizado pediu que sua privacidade seja respeitada enquanto se recupera – ele emagreceu, perdeu cinco dentes e praticamente a visão de um olho – e adiantou que agradecerá pessoalmente todos os envolvidos em sua libertação.

“Foi crucial para minha sobrevivência saber que não estava esquecido”, finalizou Gross. EFE

elv/cd

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.