Grupo terrorista preso na Malásia pretendia criar Estado Islâmico no país

  • Por Agencia EFE
  • 07/04/2015 05h50

Bangcoc, 7 abr (EFE).- As 17 pessoas acusadas de terrorismo e presas na Malásia no último domingo planejavam ataques, sequestros e roubos de armas com o objetivo de instalar no país um califado similar ao estabelecido pelo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, informou nesta terça-feira o inspetor-geral da polícia, Khalid Abu Bakar.

“Os suspeitos têm idades entre 14 e 49 anos. Entre eles há antigos membros do ilegal Kumpulan Mujahidin Malaysia (KMM) (Grupo Militante da Malásia) que tinham sido detidos no passado. São religiosos, guardas de segurança e militares”, afirmou Abu Bakar ao jornal local “The Malaysia Insider”.

A célula tinha vários alvos em Kuala Lumpur e Putrajaya, capital administrativa do país, e planejava assaltar quartéis e delegacias para obter armas para os ataques, conforme a polícia.

“Achamos que recebiam financiamento de uma organização terrorista de um país vizinho”, afirmou o inspetor-geral.

Entre os presos há um indonésio suspeito de pertencer ao Jemaah Islamiyah, um grupo terrorista responsável pelos atentados mais sangrentos no sudeste da Ásia desde 11 de setembro de 2001, incluindo o ataque que matou 202 pessoas no dia 12 de outubro de 2002 na ilha de Bali.

Dois dos presos tinham retornado recentemente da Malásia após terem passado pela Síria. De acordo com o governo, 40 malaios viajaram à Síria e ao Iraque para se unir ao EI, mas analistas locais acham que o número real é superior à estatística oficial.

Por causa da ameaça, o parlamento do país aprovou na madrugada desta terça-feira um conjunto de medidas para prevenir e combater atos terroristas. A nova legislação, no entanto, foi criticada por organizações de direitos humanos por ser muito restritiva. EFE

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