Hamas aceita cessar-fogo de 24 horas; Israel não se pronuncia

Avião israelense F-15 lança bastão explosivo sobre a cidade de Jan Yunis Avião israelense F-15 lança bastão explosivo sobre a cidade de Jan Yunis

Gaza, 27 jul (EFE).- O movimento islamita Hamas e os outros grupos armados de Gaza aceitaram neste domingo a proposta de um cessar-fogo humanitário de 24 horas solicitada pela ONU, que teve início às 14h locais (8h de Brasília), anunciou o porta-voz do grupo, Sami Abu Zuhri.

A decisão foi tomada, segundo Zuhri, após as organizações levarem em conta a situação local e o apelo do enviado especial da ONU à região, Robert Serry, que passou essa nova postura a Israel para que se some a ela.

Um porta-voz citado pelo site do jornal israelense Yedioth Ahronoth disse que o governo de Benjamín Netanyahu não comentará o anúncio de cessar-fogo feito pelo Hamas e que desta vez esperará para ver se efetivamente seus militantes deixaram de disparar foguetes antes de se pronunciar.

Depois das 14h locais, milicianos palestinos ainda disparavam foguetes contra o território israelense.

Algumas horas antes, o exército israelense havia começado uma trégua de 24h a partir da noite de sábado (26), mas inicialmente o Hamas não havia aceitado interromper o ataque. Segundo um comunicado oficial israelense à imprensa, Israel conteve o próprio exército por algumas horas, mas diante do ataque incessante do Hamas com foguetes, o exército retomou as atividades.

A nota pede à população civil palestina para não se aproximar das zonas de combate.

“O Exército se conteve bastante e durante horas o Hamas lançou foguetes contra Ashdod, Ashkelon, Tel Aviv, Petahtikva e a região de Hasharon”, declarou uma fonte militar consultada pela Agência Efe, que lembrou a morte de um militar na noite de sábado por uma bomba.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que as atividades ofensivas estavam paralisadas até a seguinte meia-noite, mas que suas forças continuariam a destruição dos 31 túneis que descobriram até agora em Gaza.

Também advertiu que responderia no caso de suas forças se virem acossadas, embora finalmente o lançamento de foguetes a partir de Gaza tenha acabado com a trégua.

Os serviços de emergência recuperaram dos escombros cerca de 130 corpos, o que elevou o número de vítimas em Gaza para 1.147 mortos e mais de 6.000 feridos, segundo o Ministério da Saúde na Faixa.