Identificadas 23 vítimas do acidente do voo MH17 na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 08/08/2014 14h21

Bruxelas, 8 ago (EFE).- Um total de 23 das 298 vítimas do acidente do voo MH17 de Malaysia Airlines, ocorrido em 17 de julho no leste da Ucrânia, foram identificadas até o momento pelos especialistas legistas da base militar de Hilversum, informou nesta sexta-feira o governo holandês em comunicado.

Apesar de uma equipe de 200 especialistas trabalharem intensamente, o Executivo da Holanda advertiu que a identificação de todas as vítimas “pode levar meses”, mas que se comprometeu a informar os avanços com regularidade. Conforme explicou o coordenador da missão legista em Hilversum, Arieh de Bruijn, à agência de notícias holandesa “ANP”, por enquanto, há 174 corpos “mais ou menos completos”, mas ficam outras 527 partes humanas soltas.

Ele afirmou que, até agora, 267 caixas com partes humanas chegaram, e que o processo de identificação está atrasado, pois na Ucrânia essas partes foram tratadas com muito formol, obrigando, agora, os profissionais a abrirem as caixas com roupas protetores por conta dos gases tóxicos que o composto químico libera.

Os profissionais analisam ainda as características pessoais e documentos de identidade que chegaram a Hilversum para informar as famílias tão logo sejam confirmadas as correspondências, acrescentou Bruijn.

Na quarta-feira passada, a Holanda se viu obrigada a interromper a missão de busca e repatriação das partes humanas e materiais devido à situação de insegurança no leste da Ucrânia, onde o exército regular ucraniano e as milícias separatistas pró-russas estão em conflito. Hoje, mais de 140 especialistas da missão retornaram em diversos aviões militares a Eindhoven (Holanda).

Em paralelo, a Junta de Segurança da Holanda, que tenta esclarecer se o avião de Malaysia Airlines foi abatido por um míssil disparado a partir de território pró-Rússia, afirmou esta semana que o relatório preliminar sobre as causas do acidente sofrerá atraso por conta, exatamente, da difícil situação no país. EFE

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