Igreja alemã defende comunhão a divorciados em alguns casos

  • Por Agencia EFE
  • 22/12/2014 17h09

Berlim, 22 dez (EFE).- A Conferência Episcopal Alemã defendeu nesta segunda-feira a abertura do sacramento da comunhão aos divorciados que tenham voltado a se casar no civil, em determinadas condições e cada caso concreto ser estudado.

Em comunicado no qual informa a publicação de um documento de trabalho sobre o Sínodo extraordinário dedicado à família e realizado em Roma em outubro, a entidade explica que a medida foi aprovada “com grande maioria” em junho.

“Da perspectiva dos bispos alemães, não seria correto excluir do sacramento, sem distinções, todos os crentes cujo casamento terminou, que se divorciaram civilmente e que voltaram se a casar”, argumentou o presidente da Conferência Episcopal, Reinhard Marx.

Baseando-se em sua experiência pastoral e na reflexão teológica, os bispos alemães defendem a busca pelo que chamam de “soluções diferenciadas” para a situação.

Segundo Reinhard Marx, a Igreja deve intensificar a relação com essas pessoas e não esquecer que, após um divórcio e um novo casamento civil, elas podem se afastar da fé cristã.

Entre os documentos publicados nesta segunda-feira, estão as respostas dos bispos alemães ao questionário preparatório do Sínodo realizado no Vaticano e vários relatórios com as reflexões da Conferência Episcopal. Nele, ratificam que o casamento é um sacramento e que sua ruptura representa uma violação dos mandamentos, mas assumem que há circunstâncias que devem ser levadas em conta.

“Há uma grande diferença se um dos membros do casal é abandonado sem ter nenhuma culpa, se termina deliberadamente o casamento, se este se quebra porque um dos membros comete adultério de forma notória, ou porque os dois viveram separados durante um longo período de tempo”, justificou. EFE

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