Iraque não pode confirmar se “número 2” de Saddam Hussein está morto

  • Por EFE
  • 28/05/2015 10h32

Izzat Ibrahim al Douri EFE Izzat Ibrahim al Douri

O Ministério iraquiano de Saúde disse nesta quinta-feira (28) que não dispõe de amostras para confirmar se o DNA do que foi “número dois” do ditador Saddam Hussein, Izzat Ibrahim al-Douri, coincide com o de um homem morto em uma operação de segurança em abril.

A ministra Adila Hammoud explicou em entrevista coletiva que o corpo mostra similaridades com o de Al-Douri, mas que as autoridades não contam com amostras de seus parentes ou com antigas análises do vice-presidente de Saddam para verificar sua identidade.

Hammoud disse que desde os Estados Unidos também não foram fornecidas informações ou amostras de nenhum dirigente do regime de Saddam, derrubado em 2003.

Em 17 de abril, o governador da província de Saladino, Raed al Jabouri, e várias fontes de segurança informaram que Al-Douri faleceu, junto a outros nove homens armados, em um tiroteio ao leste da cidade de Tikrit.

Al Jabouri explicou que, após analisar as imagens dos mortos nessa operação, um deles parece ser Al-Douri, e que seu corpo foi enviado a Bagdá para obter mediante a análise do DNA a confirmação definitiva de que se trata do “número dois” de Saddam.

No entanto, a morte de Al-Douri, que era procurado há 12 anos, foi desmentida pelo porta-voz do dissolvido partido Al-Baath.

Al-Douri já foi dado por “morto ou detido” em 3 de dezembro de 2003, no marco de uma operação lançada pelas forças da coalizão liderada pelos Estados Unidos em Kirkuk.

Após a captura de Saddam, em 13 de dezembro de 2003, Al-Douri se tornou o homem mais procurado pelos tropas dos EUA.

Washington ofereceu US$ 10 milhões de recompensa a quem apresentasse informações que levassem a sua detenção ou morte.

Al-Douri, nascido em 1942 na cidade de Al Dur, perto de Tikrit, liderou desde 2003 a resistência contra as forças ocupantes, denominada o Exército dos Homens da Confraria Naqsabandiya, que continuou posteriormente sua luta contra as forças iraquianas, às que acusa de sectarismo.

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