Kiev e rebeldes pró-Rússia se acusam mutuamente de violar trégua na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2015 09h30

Kiev, 6 mar (EFE).- As tropas governamentais de Kiev e os separatistas pró-Rússia voltaram a se acusar mutuamente nesta sexta-feira de descumprir o regime de cessar-fogo na zona do conflito no leste da Ucrânia.

O centro de imprensa do contingente militar ucraniano desdobrado nas regiões de Donetsk e Lugansk denunciou em seu site 14 episódios de violação do regime do cessar-fogo durante a madrugada passada por parte das milícias rebeldes.

Assim como nos últimos dias, as forças de Kiev registraram o maior número de ataques próximo à cidade de Donetsk, principal bastião dos rebeldes, onde os separatistas atacaram com diversos tipos de armas as localidades de Avdeyevka e Peski.

Na frente de batalha de Mariupol, a cerca de 110 quilômetros de Donetsk, os rebeldes atacaram durante uma hora as posições ucranianas na cidade de Shirokino, acrescentou o contingente militar de Kiev.

Por outro lado, os separatistas pró-Rússia da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) denunciaram 15 ataques das forças ucranianas entre a jornada de ontem e a madrugada, segundo a “DAN”, a agência de informação dos separatistas.

O porta-voz das forças de Kiev, Anatoli Stelmaj, afirmou hoje à agência russa “Interfax” que o exército continua “a retirada do armamento e da artilharia de grande calibre da linha de separação” entre as posições dos dois lados.

“O processo ocorre sob a supervisão da OSCE, que nos proporciona documentação que confirma que as milícias retiram a mesma quantidade de armamento da linha de separação. Partindo desta base, acreditamos em que a paz finalmente chegue” ao leste da Ucrânia, disse Stelmaj.

A retirada do armamento pesado da frente de batalha e a criação de uma faixa de segurança de pelo menos 50 quilômetros de largura livre de armamento pesado é o segundo ponto dos acordos de Minsk assinados em 12 de fevereiro.

Desde meados de fevereiro está valendo na zona do conflito um cessar-fogo selado nos novos acordos de Minsk, assinados após uma longa e dura negociação entre os presidentes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.

Embora Kiev e os milicianos pró-Rússia se acusem desde então de contínuas violações do cessar-fogo, as hostilidades diminuíram e as regiões de Donetsk e Lugansk recuperam pouco a pouco a normalidade. EFE

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