Kim Jong-un libertou americano por causa de “reiterados pedidos” de Obama

  • Por Agencia EFE
  • 23/10/2014 01h59

Seul, 23 out (EFE).- O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, decidiu pessoalmente libertar Jeffrey Fowle, um dos três americanos detidos no país, por causa dos “reiterados pedidos” de Barack Obama, publicou nesta quinta-feira a agência norte-coreana “KCNA”.

“O líder supremo de Pyongyang decretou a libertação de Jeffrey Edward Fowle como uma medida especial, levando em conta os reiterados pedidos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama”, indicou o escritório do veículo estatal norte-coreano e alto-falante do regime comunista.

O governo dos EUA anunciou na terça-feira a libertação de Jeffrey Fowle, de 56 anos, detido em maio quando estava em uma viagem turística a Pyongyang por supostamente deixar escondida uma bíblia em uma das instalações de seu percurso.

A KCNA acrescentou em seu comunicado que “o criminoso foi entregue à parte americana segundo os procedimentos legais pertinentes”, sem especificar outros motivos ou detalhes sobre a decisão de soltá-lo.

É difícil de acreditar que o regime norte-coreano tenha libertado o detido só pelos pedidos de Obama, já que em casos anteriores as devoluções de americanos exigiram as visitas de altas personalidades a Pyongyang, como os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter.

Após voltar para casa em Miamisburg, em Ohio, Fowle apareceu na quarta-feira junto a sua mulher e seus filhos sem fazer declarações aos jornalistas, e um advogado da família comentou que ele está “em bom estado” e foi bem tratado na Coreia do Norte durante sua detenção.

Logo após a libertação, tanto a Casa Branca como o Departamento de Estado voltaram a pedir que a Coreia do Norte liberte “imediatamente” os outros dois americanos que continuam presos no país comunista, Matthew Miller e Kenneth Bae.

Miller, de 24 anos e que também viajou como turista para a Coreia do Norte, foi detido em abril por protagonizar um suposto incidente ao passar por um controle de imigração.

A detenção de Bae, missionário americano de origem coreana, aconteceu em novembro de 2012. Ele foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por realizar atividades religiosas no país. EFE

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