Líbia confirma morte de francês, americano e 3 tayikos no atentado de Trípoli

  • Por Agencia EFE
  • 27/01/2015 22h47

Trípoli, 27 jan (EFE).- Um cidadão francês, outro americano e três tayikos morreram nesta terça-feira, junto com sete líbios, no ataque a um hotel de luxo em Trípoli, atribuído ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), radicado na Síria e Iraque.

Esam al Naas, porta-voz do Escritório de Operações de Segurança, declarou à Agência Efe que o americano era um eletricista que morreu baleado no nono andar, enquanto a maioria dos líbios são agentes de segurança que vigiavam a entrada do hotel.

Anteriormente, os governos de Washington e Paris já tinham confirmado a morte de um cidadão americano e outro francês.

O porta-voz não revelou, no entanto, a que se dedicavam os três tayikos nem o cidadão francês, e se limitou a insistir que os dois terroristas mortos em uma confusa operação no 24º andar – reservado à embaixada do Catar – não usavam cinturões explosivos como se informou em um primeiro momento.

De acordo com sua versão, ambos foram vítimas da explosão de uma granada de mão lançada pelas forças de segurança que lhes encurralaram no 24º andar, onde naquele momento não estava nenhum diplomata.

Pelo menos 23 pessoas, todas elas líbias, exceto uma filipina, ficaram feridas no ataque, acrescentou Naas.

No momento do ataque, estava no hotel, chamado Corinthia, o presidente do governo rebelde de Trípoli, Omar al Hasi, que não sofreu nenhum ferimento.

O porta-voz disse que continuam as investigações para identificar quem está por trás do ataque, mas descartou que se trate de extremistas islâmicos.

No entanto, segundo uma informação do sistema americano de vigilância de grupos terroristas SITE, o atentado foi reivindicado pelo braço líbio do jihadista Estado Islâmico.

Na Líbia há atualmente duas estruturas paralelas de governo, em Trípoli e Tobruk, que competem pelo poder.

A crise líbia começou com a queda do regime de Muammar Kadafi em outubro de 2011 e, desde então, o país vive uma espiral de violência. EFE

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