Maduro “não será bem-vindo” na Cúpula das Américas, diz chanceler peruana

  • Por EFE
  • 14/02/2018 09h57
EFE EFE No Peru, políticos de todos os setores apoiaram no Parlamento um pedido para que se rejeitasse a entrada do presidente venezuelano ao país

A presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na VIII Cúpula das Américas, que será realizada em Lima nos dias 13 e 14 de abril, “não será bem-vinda” pelo governo do Peru, afirmou nesta terça-feira a chanceler Cayetana Aljovín.

As palavras da ministra foram ditas na saída de uma reunião do Grupo de Lima na capital peruana, na qual chanceleres e representantes de 12 países do continente americano debateram medidas a serem tomadas após a convocação de eleições presidenciais antecipadas na Venezuela para o dia 22 de abril.

“Quero informar que o governo do Peru, com o apoio do Grupo de Lima e segundo a declaração de Québec de 2001, que afirma que a ruptura da democracia constitui um obstáculo insuperável para a participação de um Estado na Cúpula das Américas, queremos expressar com relação ao convite (de Maduro) à Cúpula que a sua presença não será bem-vindas em tal encontro”, afirmou Aljovín.

Essa declaração, que foi respaldada pelos países presentes na reunião, implica que o presidente venezuelano não poderá comparecer à reunião, à qual as autoridades da Venezuela já tinham anunciado que iria.

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou em 6 de fevereiro que Maduro “comparecerá pontualmente (à Cúpula das Américas) para defender a soberania da América Latina e Caribenha, e para se reunir com o combativo povo do Peru”.

A VIII Cúpula das Américas tem como tema central a corrupção, mas a tensão crescente com relação à situação na Venezuela e a rejeição que a figura de Maduro gera em grande parte dos países da região fez da visita do presidente a Lima um dos aspectos mais destacados do encontro.

No Peru, políticos de todos os setores apoiaram no Parlamento um pedido para que se rejeitasse a entrada do presidente venezuelano ao país e o declarasse “persona non grata”.

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