Mais de 1,4 mil pessoas morreram em Gaza nos 24 dias de operação de Israel

  • Por Agencia EFE
  • 31/07/2014 18h11

Gaza, 31 jul (EFE).- Até agora 1.428 pessoas morreram em Gaza, e outras 8 mil ficaram feridas nos 24 dias de operação militar de Israel sobre a Faixa, denominada Limite Protetor, informaram fontes sanitárias palestinas.

O número de vítimas aumentou durante os últimos ataques aéreos e terrestres do exército israelense após cair a noite em Gaza, que deixaram pelo menos seis mortos e 15 feridos, indicaram as fontes.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qedra, notificou à imprensa que três palestinos, inclusive uma criança, morreram no bombardeio de uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, na região central do enclave litorâneo.

Testemunhas asseguram que os corpos dos mortos foram achados sob os escombros da casa por membros dos serviços de emergência, que localizaram outras dez pessoas feridas no local.

Equipes médicas informaram também a morte de três pessoas, entre elas uma mulher, e de pelo menos cinco feridos em dois ataques de aviões de guerra israelenses sobre a cidade meridional de Khan Yunes.

O porta-voz insistiu, como veio fazendo até agora, que a maioria das vítimas são civis.

Por sua parte, o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza e cuja infraestrutura militar é alvo de Israel, criticou as declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no sentido que a ofensiva continuará até que se encontre uma resposta ao problema dos túneis que comunicam esse território com Israel.

“Isto significa que (Netanyahu) está apostando e leva tanto seu exército como seu povo rumo ao desconhecido”, comentou Fawri Barhoun, porta-voz do Hamas na Faixa.

Em uma nota de imprensa divulgada hoje, Barhoun acrescentou que Netanyahu “tenta manter sua posição no governo e quer protegê-la. Os aliados de Netanyahu na região e no mundo lhe enganam e lhe empurram a uma guerra que ele sabe que perderá”.

Khalil al-Khaya, membro do departamento diplomático do Hamas, declarou por sua parte em um breve comunicado que o primeiro-ministro israelense “vive uma crise e recebe fortes ataques da resistência palestina”.

“Netanyahu está buscando uma saída a sua crise”, opinou, para apontar que “não haverá um cessar-fogo sem que sejam cumpridas todas as reivindicações da resistência palestina”.

Os líderes do Hamas se mantêm até o momento escondidos em Gaza, sem que Israel tenha podido localizá-los. EFE

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