Mais de 550 pessoas morreram em um mês de ofensiva da coalizão contra EI

  • Por Agencia EFE
  • 23/10/2014 06h41

Cairo, 23 out (EFE).- Pelo menos 553 pessoas morreram em um mês na Síria por causa dos bombardeios da aviação da coalizão internacional contra as posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG baseada Londres e que conta uma ampla rede de ativistas no terreno, documentou as vítimas desde o início das operações da força multinacional, liderada pelos EUA, em 23 de setembro e até a 0h (local) desta quinta.

Entre as vítimas mortais estão 32 civis, seis crianças e cinco mulheres.

Mais de 80% dos mortos eram membros do EI, que perderam 464 combatentes, a maioria estrangeira, desde o começo dos bombardeios contra seus redutos.

A aviação internacional atacou grupos de combatentes, quartéis e unidades petrolíferas em várias províncias do centro, norte e leste do país: Homs, Hama, Aleppo, Al Hasaka, Deir ez Zor e Al Raqqah.

O Observatório apontou que o número de mortos nas fileiras do EI é provavelmente maior, mas é complicado contabilizar seu número real devido ao sigilo dos jihadistas sobre suas baixas e as dificuldades para chegar a algumas das zonas bombardeadas.

Os ataques aéreos também causaram baixas nas fileiras da Frente al Nusra – filial da Al Qaeda na Síria, que perdeu 57 homens nas províncias de Aleppo e de Idlib, no norte do país.

A coalizão internacional teve como alvo, além de bases dos jihadistas, refinarias e jazidas petrolíferas nas províncias de Al Hasaka e Deir ez Zor, algumas nas mãos do EI, mas outras administradas por civis.

Os bombardeios também atingiram uma fábrica em Al Raqqah, o reduto do EI, e moinhos em Aleppo e em Idlib.

A força multinacional liderada pelos EUA, que conta com o respaldo da aviação de vários países árabes como Arábia Saudita e Jordânia, bombardeia há um mês posições dos jihadistas na Síria e no Iraque.

O EI proclamou junho passado um califado no território sob seu controle destes dois países, após tomar amplas zonas do Iraque e conseguir importantes avanços na Síria. EFE

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