Malásia buscará alternativas depois de veto russo à criação de tribunal
Bangcoc, 30 jul (EFE).- A Malásia buscará alternativas para levar perante a justiça os culpados pela queda do avião malaio sobre o leste da Ucrânia após o veto da Rússia à criação de um tribunal internacional, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
O Ministério das Relações Exteriores malaio indicou que considerará e explorará outras opções viáveis e mecanismos para processar os responsáveis.
“Independentemente de quem foi responsável, a Malásia quer garantir que o braço da justiça o alcançará e que não haverá impunidade”, indicou o Ministério em comunicado citado pelo jornal “The Star”.
O voto contra da Rússia impediu que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse ontem um projeto para a criação de um tribunal internacional sobre a tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines, que foi derrubado há um ano na Ucrânia com 298 pessoas a bordo.
O projeto de resolução, impulsionado pela Austrália, Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia, recebeu 11 votos a favor e três abstenções – da China, Venezuela e Angola-, além do não russo.
O Ministério malaio mostrou sua “profunda decepção” pela votação que impediu que prosperasse a resolução “para fazer justiça pelas famílias das vítimas”.
“Isto envia uma mensagem muito perigosa”, acrescentou o comunicado.
A Ucrânia e Ocidente acusam os separatistas pró-Rússia do leste ucraniano de disparar os projéteis que supostamente derrubaram o voo MH17, algo negado pela Rússia, que acusa as autoridades ucranianas de ocultar provas.
Na queda do avião, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, morreram 193 holandeses, 44 malaios, 27 australianos, 12 indonésios, 9 britânicos, 4 belgas, 4 alemães, 3 filipinos, 1 canadense e 1 neozelandês. EFE
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