Mexicano é condenado à prisão perpétua por sequestrar imigrantes ilegais

  • Por Agencia EFE
  • 30/01/2015 21h49

Austin (EUA), 30 jan (EFE).- Um cidadão mexicano foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos pelo sequestro de 20 imigrantes ilegais em Houston (Texas) em 2012, informou nesta sexta-feira o Departamento de Justiça.

Samuel Castro, conhecido como “Chame” ou “Chabuco”, foi sentenciado por um tribunal federal do Distrito Sul do Texas.

Castro liderava uma organização dedicada a comprar imigrantes ilegais de redes de tráfico de pessoas, retê-los e exigir um resgate a suas famílias para sua libertação, segundo o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA.

Junto com Castro, o juiz do caso, Grey Miller, também enviou à prisão seis de seus colaboradores, com penas que variam entre dois anos e sete meses a 30 anos.

Trata-se de Virgilio de la Torre, Joshua Carbajal, Jobs Solís, Emmanuel Rivera, Adauto Aguilar e Marco García, todos eles imigrantes ilegais que serão deportados após cumprir suas penas, indicou o Departamento de Justiça, sem detalhar suas nacionalidades.

O juiz também lhes obriga a devolver os US$ 38.130 que obtiveram das extorsões.

No dia 7 de setembro de 2012, as autoridades invadiram um imóvel de Houston onde a organização mantinha sequestrados 26 imigrantes ilegais, dois deles menores de idade.

A casa tinha as janelas tapadas e os imigrantes ilegais estavam sendo vigiados por homens armados e em uma situação deplorável.

Além disso, pelo menos uma das mulheres foi violentada por alguns dos hoje sentenciados.

A investigação começou um mês antes, após denúncias por extorsão das famílias de duas das vítimas.

Embora a sentença tenha sido divulgada hoje, o julgamento aconteceu em março de 2014 e Castro foi declarado culpado de 18 delitos incluindo sequestro, conspiração e outros relacionados com o tráfico de pessoas e armas de fogo.

Em 2009, Castro já havia sido condenado por associação delitiva para abrigar imigrantes, e em 2011 deportado ao México, mas um ano mais tarde retornou ilegalmente aos Estados Unidos. EFE

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