México diz que ameaça de Trump sobre Nafta é estratégia e não surpreende

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/08/2017 10h59
STX04. WASHINGTON (EE.UU.), 31/05/2017.- El presidente de EE.UU. Donald J. Trump escucha al primer ministro de Vietnam Nguyen Xuan Phuc (fuera de cuadro) hoy, miércoles 31 de mayo de 2017, durante una reunión en la Oficina Oval de la Casa Blanca en Washington (EE.UU.). EFE/Olivier Douliery / POOL EFE/Olivier Douliery Na noite de terça-feira, Trump afirmou que poderia acabar com o Nafta, acordo comercial que inclui o México e o Canadá

O ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, afirmou nesta quarta-feira que a ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acabar com o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) é uma estratégia de negociação e não surpreende. “Creio que não é uma surpresa, temos escutado isso durante muitos meses, desde a campanha dele”, afirmou Videgaray em entrevista à Radio Fórmula.

Na noite de terça-feira, Trump afirmou que poderia acabar com o Nafta, acordo comercial que inclui o México e o Canadá, após as negociações entre as partes não superarem diferenças profundas. Videgaray afirmou que, caso Trump quisesse cancelar o Nafta, já teria feito isso, não teria esperado oito meses nem iniciado o diálogo.

Na entrevista à emissora mexicana, a autoridade pediu calma aos compatriotas. “Creio que nós mexicanos devemos reagir antes de mais nada com serenidade, com cabeça fria, entender que isso é parte do processo de negociação e o México seguirá negociando, seguirá na mesa de negociações, com clareza, com firmeza, com o interesse nacional à frente e temos que aprender a não reagir excessivamente a esse tipo de declarações”, argumentou.

Trump afirmou também na noite de ontem que pretende levar adiante o plano de construir um muro em toda a fronteira com o México. Segundo o presidente americano, ele está disposto a não ceder e deve mesmo permitir que o governo atinja o teto de gastos do orçamento e fique paralisado, a fim de garantir o reforço fronteiriço.

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