Mianmar admite “resposta frágil” a inundações e pede ajuda internacional

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2015 06h16

Bangcoc, 8 jul (EFE).- O governo de Mianmar solicitou ajuda internacional nesta terça-feira para auxiliar os mais de 210.000 afetados pelas inundações que castigam o país e admitiu sua “frágil resposta” diante do desastre natural.

Segundo os últimos dados oficiais, pelo menos 47 pessoas morreram, enquanto as Nações Unidas alertam para um possível aumento “significativo” de vítimas e afetados porque há áreas isoladas às quais as equipes de resgate não conseguiram chegar.

“A frágil resposta do governo ao desastre provocou erros nos esforços de evacuação”, declarou Ye Htut, ministro da Informação e porta-voz do escritório presidencial, ao jornal oficial “Global New Light of Mianmar”.

As regiões central e ocidental de Mianmar foram as mais afetadas após duas semanas de copiosas chuvas provocadas pelo ciclone “Komen”, que tocou terra na semana passada na vizinha Bangladesh.

O principal problema das autoridades é chegar às aldeias remotas, uma vez que o caminho é intransitável e o número de helicópteros insuficiente.

A catástrofe destruiu várias pontes e alagou caminhos e estradas dificultando a distribuição de ajuda.

“Estamos cooperando e pedimos à assistência internacionais que nos ajude. Começamos a entrar em contato com organizações e possíveis países doadores”, declarou Htut.

A resposta de atual Executivo birmanês contrasta com a atuação da extinta junta militar do general Than Shwe em 2008, quando o tufão “Nargis” arrasou o país.

O “Nargis” causou 138.000 mortes, deixou 800.000 pessoas sem lar e 2,5 milhões de afetados em Mianmar no início de maio de 2008. EFE

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