Milhares de malaios se manifestam para pedir renúncia do primeiro-ministro

  • Por Agencia EFE
  • 29/08/2015 05h38

Bangcoc, 29 ago (EFE).- Milhares de malaios se manifestaram neste sábado nas ruas de Kuala Lumpur para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Najib Razak, a quem acusam de corrupção, e pedir reformas no sistema político, segundo informou a imprensa local.

Os manifestantes, convocados pela plataforma cidadã Bersih, desafiaram as advertências do governo, que declarou o protesto ilegal e posicionou agentes antidistúrbios e caminhões com canhões de água no centro da capital.

A manifestação está convocada para hoje e amanhã em Kuala Lumpur e nas cidades de Kuchin e Kota Kinabalu, capitais respectivamente dos estados de Sarawak e Sabah na parte malásia da ilha de Bornéu.

O grosso do protesto na capital se encontra nas imediações da praça Merdeka (“liberdade” ou “independência” em malaio), onde se realizam os preparativos para a celebração na segunda-feira do Dia Nacional, segundo o portal “The Malaysia Insider”.

O primeiro-ministro, Najib Razak, criticou ontem que os organizadores tenham escolhido os dias prévios às celebrações do Dia Nacional para convocar uma manifestação.

“Ainda que queiram se manifestar, escolham um momento e lugar que não represente uma provocação. Sejam quais forem nossas diferenças de opiniões ou crenças, o Dia Nacional não deveria se transformar em um palco de conflito político”, escreveu o primeiro-ministro em seu site.

Najib instou os malaios a deixar suas diferenças de lado e celebrar a independência do país, conquistada em 31 de agosto de 1957.

Najib, cujo partido governa a Malásia desde a independência, está envolvido em um suposto escândalo de corrupção pelo desvio de US$ 700 milhões de um fundo estatal de investimentos a suas contas privadas.

O primeiro-ministro negou as acusações e afirmou que se trata de uma campanha com o objetivo de desacreditá-lo.

Segundo a Comissão Anticorrupção da Malásia, o dinheiro aplicado nas contas de Najib correspondem a doações e não provêm do fundo de investimentos estatal.

Najib constituiu esse fundo estatal em 2009, logo depois de ser investido chefe do governo, como um braço investidor do Estado para gerar lucros e ocupou a presidência da junta de assessores da nova sociedade. EFE

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