Ministro de finanças da Grécia diz que negociações caminham bem

  • Por Agencia EFE
  • 04/08/2015 14h58

Atenas, 4 ago (EFE).- O ministro de Finanças da Grécia, Euclides Tsakalotos, afirmou nesta terça-feira que as negociações com os credores sobre o terceiro programa de resgate estão se desenvolvendo corretamente, inclusive melhor do que o esperado.

“As negociações caminham como nós esperávamos, em nenhum caso pior, e em todo caso, melhor”, afirmou Tsakalotos aos jornalistas ao término da reunião com os representantes das instituições credoras.

Mas no encontro, que durou pelo menos três horas, houve desacordos “de caráter técnico” entre as partes sobre a criação de um novo fundo de privatização ao qual, segundo o acordo assinado em Bruxelas em 13 de julho, o Executivo deve transferir ativos por um valor de 50 bilhões de euros.

O ministro lembrou também que está previsto que o governo e os membros da zona do euro fechem amanhã a primeira etapa das negociações com um primeiro balanço, no qual determinarão quais “questões permanecem abertas e quais são os obstáculos”.

Por enquanto, segundo o site “in.gr”, Atenas e os credores estão de acordo de que este ano haverá uma recessão de 3,3% e de que a Grécia pode encerrar o ano com um déficit primário de 1% do PIB, por isso levarão em conta estas previsões para elaborar o plano que permitirá alcançar um superávit primário (antes do pagamento de juros da dívida) de 3,5% em 2018.

O Executivo quer fechar o acordo antes de 20 de agosto para evitar um crédito ponte – com novas condições, que permitirá honrar o pagamento de 3,2 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE).

A porta-voz do governo, Olga Gerovasili, afirmou hoje que nesta quarta-feira começará o processo de redação para o terceiro resgate, e garantiu que o Executivo está disposto a fazer “o que for necessário” para que o acordo seja ratificado no parlamento no próximo dia 18.

Também aconteceu hoje uma reunião em nível técnico entre o governo e os sócios, com o objetivo de abordar questões trabalhistas e para continuar a analisar as necessidades de recapitalização bancária. EFE gdj/cd

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