Missão de ONU chega à Guiana para analisar disputa com Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 29/08/2015 17h19

San Juan, 29 ago (EFE).- Uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) começou neste sábado na capital da Guiana a analisar com às autoridades locais medidas para resolver a disputa na fronteira que o país mantém com a Venezuela pela região de Essequibo.

O ministro das Relações Exteriores da Guiana, Carl Greenidge, anunciou através de um comunicado que até o próximo dia 2 a missão da ONU se reunirá com principais integrantes do Executivo local.

“A missão está em consonância com o compromisso do secretário-geral da ONU para analisar a situação depois que a Guiana indicou formalmente que após 25 anos de bons ofícios não conseguiu uma solução à controvérsia e de a Venezuela assinalar que era hora de buscar outros meios de conseguir um acordo”, disse Greenidge.

A previsão é de que os representantes da ONU em Georgetown se reúnam com o próprio Greenidge; o antigo negociador da Guiana na disputa com a Venezuela, Ralph Ramkarran; e os ex-ministros de Relações Exteriores Shridath Ramphal, Rashleigh Jackson e Carolyn Rodrigues-Birkett.

Os membros da missão da ONU também se encontrarão com os antigos diretores-gerais do Ministério das Relações Exteriores e os embaixadores Rudy Collins e Elizabeth Harper, assim como com o ex-chefe das Forças Armadas da Guiana, o general reformado Joseph Singh.

A Guiana espera que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tenha uma conversa conjunta com o presidente do país, David Granger, e o da Venezuela, Nicolás Maduro, na próxima Assembleia Geral da organização que será realizada em setembro.

A disputa entre Venezuela e Guiana pelas águas de Essequibo tem mais de um século e inclui a reivindicação de soberania sobre um território de 160 mil quilômetros quadrados, muito rico em recursos naturais e que representa dois terços do território da Guiana.

A área está em observação constante das Nações Unidas desde a assinatura do Acordo de Genebra, em 1966, mas os problemas aumentaram depois que a companhia Exxon Mobil descobriu em maio jazidas de petróleo em águas que estão na zona do litígio. EFE

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