Mundo nunca teve tantos refugiados: 65 milhões apenas em 2015

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2016 16h14
YAN11 POLYKASTRO (GRECIA) 13/06/2016.- Una voluntaria de una ONG abrzada a varios niños mientras la policía continúa con el desalojo del campo de refugiados improvisado de la localidad de Polykastro, próxima a Idomeni (Grecia) hoy 13 de junio de 2016. La policía griega continuó hoy con la operación de desalojo de los centros de refugiados improvisados en el norte de Grecia comenzada hace varias semanas con la evacuación del campamento de Idomeni, y desde primeras horas de la mañana está evacuando una estación de servicio. EFE/Nikos Arvanitidis / Pool EFE/Nikos Arvanitidis Voluntária de ONG abraça crianças enquanto polícia desaloja refugiados em Polykastro

 No Dia Mundial do Refugiado, um levantamento assustador: nunca na história da humanidade existiram tantas pessoas afetadas por guerras e conflitos no planeta ao mesmo tempo. Segundo o relatório anual de tendências globais do Alto Comissariado das Nações Unidas, divulgado nesta segunda-feira, 65,3 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas em 2015. No ano anterior, o número girava em torno de 59 milhões.

Isso não representa só um crescimento elevadíssimo de quase 10% como um novo recorde. O oficial de informação pública da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR Brasil), Luiz Fernando Godinho, comentou os números em entrevista exclusiva à repórter Jovem Pan Carolina Ercolin.

Godinho afirma que os números do relatório revelam uma tendência preocupante de crescimento: “É a confirmação de uma tendência de crescimento que tem sido verificada nos últimos anos. Cada ano vemos o recorde sendo quebrado, o que mostrar que os conflitos e as perseguições do mundo estão representando um impacto humanitário cada vez maior. Os 75,3 milhões de pessoas deslocadas por guerras e conflitos corresponde à população de países como Reino Unido, França e Itália”.

O oficial da ONU defende uma resposta coordenada da comunidade internacional e alerta que 51% do total dos refugiados são crianças. Godinho ressalta que é preciso também solucionar conflitos antigos: “O fato de ter simultaneamente grandes conflitos, que causam deslocamento, e conflitos antigos, que nunca são solucionadas, é uma combinação dramática, que gera mais deslocados e impede que as pessoas que se encontram em refúgio retornem a sua casa”.

A Síria é apontada como a nação que mais gera deslocados e refugiados na história da humanidade. Godinho afirma que o Brasil oferece uma boa política humanitária para quem saiu de seu país: “O positivo no Brasil é uma política humanitária bastante avançada. O país mantém as portas abertas, recebe estrangeiros que chegam aqui para solicitar refúgio, analisa os casos e dá a eles todas as ferramentas para que possam integrar socioeconomicamente no país”.

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