Obama e Merkel observam “perigosa escalada” na crise ucraniana

  • Por Agencia EFE
  • 22/08/2014 22h43

Washington, 22 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, observaram uma “perigosa escalada” na crise entre Ucrânia e Rússia depois que o Kremlin transferiu nesta sexta-feira um comboio humanitário ao leste do país vizinho em uma “flagrante violação” de sua integridade territorial.

Em uma conversa por telefone, os líderes concordaram em sua preocupação não só pela entrada do comboio, mas também pela “alta” concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e a presença de militares russos nesse país, informou a Casa Branca em comunicado.

O diagnóstico de Obama e Merkel é o mesmo: a Rússia deve retirar seu comboio do território ucraniano, aceitar as condições estabelecidas para os comboios humanitários, assim como tirar seus militares da região fronteiriça e suas armas e pessoal da Ucrânia.

Os líderes pediram também um “cessar-fogo bilateral” acompanhado de uma vigilância sólida da fronteira.

Antes da conversa entre ambos, os Estados Unidos tinham avisado à Rússia que enfrentará “consequências adicionais” por ter enviado um comboio ao leste da Ucrânia.

“Nossa posição é clara e a Rússia não deve utilizar uma caravana humanitária como desculpa para atravessar a fronteira”, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, em entrevista coletiva.

Por sua parte, a Casa Branca denunciou que o comboio com destino à cidade de Lugansk está formado por “veículos militares pintados para parecer caminhões civis” e confirmou que a Cruz Vermelha Internacional (CICV) “não tem nenhum papel na gestão da missão”, ao contrário do exigido pelo governo ucraniano.

“Condenamos esta ação da Rússia, pela qual afrontará consequências adicionais”, afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden, em comunicado.

Um total de 262 caminhões com ajuda humanitária procedente da Rússia chegou nesta sexta-feira à cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, apesar da oposição do governo do país e da comunidade internacional. EFE

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