Obama pede investigação imparcial de assassinato de líder opositor russo

  • Por Agencia EFE
  • 27/02/2015 22h50

Washington, 27 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu à Rússia nesta sexta-feira uma investigação rápida e imparcial sobre o assassinato do ex-vice-primeiro-ministro e líder da oposição extraparlamentar russa, Boris Nemtsov.

“Condenamos este brutal assassinato e instamos o governo russo a efetuar uma investigação rápida, imparcial e transparente sobre as circunstâncias deste crime e a garantir que os responsáveis sejam levados perante a Justiça”, disse Obama, segundo um comunicado da Casa Branca.

Nemtsov foi assassinado nesta sexta-feira em pleno centro de Moscou após receber pelo menos quatro disparos nas costas, segundo confirmaram as autoridades russas.

“Era um defensor incansável dos direitos de todos os cidadãos russos. Eu sempre admirei sua valente dedicação para lutar contra a corrupção na Rússia e sua disposição a compartilhar seus pontos de vista quando nos encontramos em Moscou em 2009”, comentou Obama.

“O povo russo perdeu um dos mais dedicados e eloquentes defensores de seus direitos”, acrescentou o presidente americano.

O veterano político, número dois do governo russo em 1998, durante a presidência de Boris Yeltsin, foi baleado dentro de um carro branco quando passava pela chamada Grande Ponte de Pedra, a poucas centenas de metros do Kremlin, acompanhado de uma jovem procedente da Ucrânia, informaram as agências russas.

O presidente russo, Vladimir Putin, não demorou a afirmar que o crime reúne todas as características de um assassinato por encomenda e assumiu pessoalmente o controle sobre a investigação de suas circunstâncias, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“O chefe de Estado ordenou aos chefes do Comitê de Instrução, do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB) criar um grupo de investigação e acompanhar pessoalmente o andamento das investigações”, acrescentou Peskov.

O assassinato aconteceu a menos de dois dias da passeata de protesto antigovernamental convocada para este domingo na capital russa, na qual a oposição pretende exigir que o Kremlin ponha fim à ingerência nos assuntos da vizinha Ucrânia. EFE

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