Objetos a quase mil metros de profundidade não são de submarino argentino

  • Por EFE
  • 09/12/2017 13h29
EFE/Divulgação Marinha Argentina submarino Submarino Ara San Juan desapareceu com 44 tripulantes na região do Golfo San Jorge

A Marinha da Argentina informou neste sábado que dois objetos que tinham sido detectados no fundo do Atlântico por sensores, a 833 e 940 metros de profundidade, não correspondem ao submarino “ARA San Juan”, desaparecido há 24 dias com 44 tripulantes a bordo, e acrescentou que outros dois contatos estão sendo analisados.

“A meteorologia hoje é boa. Ontem possibilitou esta inspeção visual. Amanhã começa a piorar e não será impossível continuar com a inspeção”, explicou o capitão de navio e porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, em seu relatório diário sobre as operações de busca do submarino militar.

Balbi especificou que equipamento de alta tecnologia russo descartou que os objetos analisados tenham algo a ver com o submarino, razão pela qual agora a atenção está voltada em poder visualizar e analisar outros dois contatos detectados por sensores, do que se encarregará uma embarcação dos Estados Unidos provida de material de última geração.

O capitão mostrou material audiovisual registrado durante a inspeção realizada a 940 metros pelo navio russo “Yantar”, no qual se comprova que, na verdade, se trata de uma formação rochosa com incrustações.

“A forma arredondada da rocha e a longitude fazia supor que poderia ser o submarino. Todos os sensores utilizados de diferentes meios tinham detectado este objeto e era preciso inspecioná-lo para tirar qualquer dúvida”, completou.

Nas últimas duas semanas, no perímetro de buscas do submarino, que no dia 15 de novembro comunicou pela última vez sua localização a 430 quilômetros da costa argentina, diversos barcos detectaram com sensores seis “contatos” ou indícios de objetos que podiam ser o veículo, dos quais cinco já foram descartados.

“Agora resta um objeto pendente de visualização do qual vai se encarregar o navio ‘Atlantis’ dos Estados Unidos com seu equipamento a bordo”, destacou Balbi, que confirmou que, além deste ponto e todos os descartados, nas últimas horas foi detectado outro contato em uma zona ao norte da área de busca.

A área de operações no oceano abrange 40.000 quilômetros quadrados, embora a de maior concentração das unidades de busca seja de aproximadamente 4.000 quilômetros quadrados, entre 200 e 1.000 metros de profundidade.

Os navios que participam na operação – de Argentina, Brasil, Chile Rússia e Estados Unidos – varreram quase duas vezes essa área e continuam os trabalhos.

“Ainda não temos nenhuma data estabelecida de finalização desta base de busca”, declarou Balbi, apesar de terem se passado 24 dias desde que se perdeu o contato com o submarino, razão pela qual não há possibilidades de que seus 44 tripulantes continuem vivos.

Balbi destacou ainda que não há “informação alguma” de até quando poderão continuar trabalhando os países “estrangeiros e amigos” que estão colaborando com as buscas, de cujo material de alta tecnologia depende a operação.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.