Ofensiva israelense deixou destruição sem precedentes em Gaza, segundo ONU

  • Por Agencia EFE
  • 02/09/2014 10h47

Genebra, 2 set (EFE).- A ONU afirmou nesta terça-feira que a destruição da infraestrutura em Gaza causada pela ofensiva militar israelense Limite Protetor contra o Hamas não tem precedentes.

Segundo estimativas, 18 mil casas foram destruídas ou gravemente danificadas e 108 mil pessoas ficaram sem lar.

“O cessar-fogo em Gaza (alcançado em 26 de agosto) permitiu uma melhor avaliação dos danos estruturais originados pelo conflito e as organizações no terreno indicam que a escala de destruição não tem precedentes”, afirmou o Escritório de Ajuda Humanitária das Nações Unidas.

O exército de Israel realizou durante cinquenta dias uma grande ofensiva contra Gaza, que só foi interrompida por declarações de cessar-fogo temporários que na maioria dos casos não foi respeitado.

O governo israelense e as milícias palestinas assinaram em 26 de agosto uma trégua definitiva e agora a Faixa de Gaza enfrenta a descomunal tarefa da reconstrução.

Segundo a ONU, 13% das casas em Gaza foram inutilizadas. Para piorar, antes do conflito a população já sofria com um déficit de 71 mil unidades habitacionais.

A situação fazia com que parte significativa da população em Gaza vivesse em péssimas condições.

Além disso, os serviços de eletricidade e água funcionam com enormes dificuldades. A única usina elétrica do território palestino deixou de funcionar após um bombardeio israelense no final de julho.

O porta-voz do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU, Jens Laerke, explicou que a usina não pode ser reparada pois vários técnicos em eletricidade morreram nos ataques israelenses, assim como especialistas que trabalhavam em estações de abastecimento de água.

Por esta razão, o funcionário da ONU afirmou que apenas 10% da população conta com água corrente diariamente e na maior parte de Gaza só há energia durante uma parte do dia.

A situação em Gaza atinge de forma mais grave as crianças, pois meio milhão delas não poderão começar o ano letivo. O conflito deixou 2.116 mortos e 11.231 feridos.

Além disso, 106 mil pessoas se refugiaram em casas de parentes ou amigos, das quais 55 mil seguem em abrigos da Agência para os Refugiados Palestinos da ONU. EFE

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