Ofensiva no sul afegão mata 11 policiais, 7 soldados afegãos e 5 insurgentes

Cabul, 26 mai (EFE).- Pelo menos 11 policiais e sete soldados afegãos morreram nesta segunda-feira em uma ofensiva dos talibãs no sul do Afeganistão, onde cinco deles faleceram após o ataque a vários postos de controle das forças de segurança, informou uma fonte oficial.

A ofensiva começou durante a madrugada no distrito de Nawzad, na província de Helmand, quando o ataque de dezenas de talibãs desencadeou enfrentamentos que se prolongaram durante quatro horas, afirmou à Agência Efe um membro do governo regional, Attaullah Afghan.

“Entre os mortos está o chefe do Departamento de Investigação Criminosa” da região, explicou Afghan, que disse que ainda estavam ocorrendo tiroteios esporádicos e que alguns dos postos de controle foram tomados pelos insurgentes.

Cinco policiais ficaram feridos e os ataúdes com os mortos foram transferidos à capital provincial, Lashkarga, para serem entregues a seus parentes, acrescentou a fonte.

Um porta-voz dos talibãs, Qari Yousef Ahmadi, assegurou em sua conta no Twitter que na ofensiva seus homens ocuparam seis postos de controle e elevou o número de “soldados” mortos a 27 e o de feridos a 11, embora costumam exagerar a eficácia de suas ações.

O porta-voz também reconheceu que cinco insurgentes faleceram.

Os talibãs lançaram a ofensiva em 24 de abril e desde então estão realizando ataques nas províncias do norte de Badakhshan, Kunduz e Badghis, onde tomaram o controle de algumas zonas, e Uruzgan, no sul.

O aumento dos enfrentamentos ocorre apesar de representantes do Alto Conselho para a Paz afegão, da sociedade civil e dos talibãs terem sentado à mesma entre os dias 2 e 3 de maio no Catar em reunião “informal”, após a qual o grupo insurgente apresentou uma série de demandas para o início de conversas de paz.

O órgão conciliador se mostrou aberto a negociar essas condições e inclusive assegurou que começou a tratar com a ONU para que elimine de sua “lista negra” os talibãs que participam do processo de paz, como pediram os insurgentes. EFE