Operação contra insurgentes no Paquistão acaba com mais de 300 detidos

  • Por Agencia EFE
  • 20/12/2014 16h51

Islamabad, 20 dez (EFE).- Cerca de 300 pessoas foram detidas neste sábado em uma operação contra os insurgentes na capital do Paquistão, enquanto são esperadas novas execuções de terroristas nas próximas horas em várias prisões do país, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

As detenções em Islamabad ocorreram após uma operação conjunta do exército, polícia e dos serviços secretos paquistaneses em várias zonas da cidade, disse o porta-voz das Forças de Segurança Choudhary Rehmat.

Os detidos, entre eles vários estrangeiros, foram levados a um lugar não foi revelado para serem interrogados.

Por outro lado, as próximas execuções de condenados à pena de morte por terrorismo estão previstas para esta noite local em prisões da província de Punyab (leste do país), asseguraram responsáveis destes centros, que estão rodeados de um amplo dispositivo de segurança.

O porta-voz do Exército paquistanês, general Asim Bajwa, afirmou em sua conta no Twitter que oito condenados serão enforcados em prisões dessa província.

Pelo menos 52 supostos insurgentes morreram em operações do exército contra os talibãs no Paquistão nos dois últimos dias, segundo este porta-voz.

Um tribunal de luta contra o terrorismo ordenou hoje a execução na segunda-feira na prisão da cidade de Sukkur (sudeste) de dois de membros do grupo terrorista Lashkar-e-Jhangvi, segundo o jornal local “Dawn”.

O Paquistão executou ontem dois condenados por terrorismo, dois dias depois que o primeiro-ministro, Nawas Sharif, levantou a moratória vigente desde 2008 sobre a pena capital, após o ataque de terça-feira em uma escola de Peshawar (noroeste do país).

O governo do Paquistão afirmou ontem que nos próximos dias executará 17 condenados por terrorismo, apesar da ONU e organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e Human Rights Watch, pediram que não levantasse a moratória.

A decisão de Sharif aconteceu depois que um grupo talibã matou em uma escola 132 crianças e 12 professores, após entrar em um colégio lançando granadas e disparando classe por classe.

O TTP reivindicou o ataque e o justificou como resposta à operação militar Zarb-e Azb (Afiado e cortante) que começou em junho no Waziristão do Norte e em outubro se estendeu a Khyber, onde morreram mais de 1,1 mil insurgentes segundo fontes oficiais. EFE

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