Oposição venezuelana classifica eleições municipais de fraudulentas

  • Por EFE
  • 11/12/2017 08h07
EFE EFE Mais de 9 milhões de venezuelanos - mais de 47% do censo eleitoral - foram votar segundo números do Conselho Nacional Eleitoral

A coalizão opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) qualificou neste domingo de fraudulentas as eleições municipais, nas quais o chavismo venceu e não participaram três dos quatro grandes partidos da MUD ao considerar que não existiam garantias mínimas.

“Novamente vimos todo o aparelho do Estado abusando do seu poder, incluindo o uso perverso da carteira ‘da pátria’, para submeter a vontade de um povo em situação de extrema necessidade”, segundo pode-se ler em comunicado da MUD, emitido minutos depois que o presidente do país, Nicolás Maduro, comemorou sua vitória em mais de 300 das 335 prefeituras.

A Carteira da Pátria é um censo paralelo estabelecido pelo Governo, no qual já há inscritos 16 milhões de venezuelanos (a metade da população) e através da qual a administração chavista distribui ajudas sociais e alimentos subsidiados dos quais vários venezuelanos dependem.

O presidente Maduro e a cúpula chavista tinham pedido insistentemente aos eleitores para comparecer às urnas com a Carteira da Pátria, de maneira que pudessem se registrar nos postos habilitados pelo oficialista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) em frente aos colégios eleitorais.

Esta prática, qualificada por alguns de ilegal, permite ao Governo saber quem vai votar.

De acordo com a aliança opositora, que denunciou a chantagem do Governo aos cidadãos em meio da crise humanitária que atravessa o país, “as irregularidades e a pouca participação marcaram o dia eleitoral”.

Mais de 9 milhões de venezuelanos – mais de 47% do censo eleitoral – foram votar segundo números do Conselho Nacional Eleitoral, um dado que foi tachado de falso por vários opositores no Twitter.

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