“Os mortos estão pela calçada”, relata brasileiro que mora em Paris

Notícias dos atentados da França estão repercutindo o mundo e podem mudar a luta contra o terrorismo

Na noite desta sexta-feira (13), ocorreu em Paris uma série de atentados que já possui como resultado um número estimado em mais de 40 mortos e de 100 reféns. Tudo começou durante uma partida entre a França e a Alemanha no Stade de France e, horas depois, os franceses continuam em choque absoluto diante de cenas de puro caos. 

De acordo com informações do Consulado do Brasil na França, dois brasileiros foram feridos nos ataques.

Alessandro Ferreira, um ouvinte da Jovem Pan que mora em Paris há dezoito anos, chamou atenção para o fato de que a antiga sede do jornal satírico Charlie Hebdo “não dá um minuto a pé” de onde foram os atentados na capital francesa.

“Os mortos estão pela calçada. É uma coisa realmente dura de ver. Foi muito pesado. O que acontece nesse momento é que a gente está em choque. A gente não pode sair de casa é algo que nunca presenciamos. É muito forte”, destacou Alessandro.

Ainda de acordo com ele, é difícil definir qual é o sentimento geral além de choque. “Não chega a ser medo, pavor, é choque. A gente está vendo uma coisa que nunca viu. Aqui era seguro, a gente podia andar na rua, 2h, 3h da manhã. E agora tem gente morta na rua”, acrescentou. “Eu acho que mesmo no Brasil não é normal o que está na rua. É gente jovem que saiu para se divertir e morreu de maneira… é um choque. Não tem o que falar, não dá. A gente está um choque de ver um negócio que não é normal”.