Otan enviará recursos por terra, mar e ar em função de crise na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2014 10h05

Bruxelas, 16 abr (EFE).- O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, anunciou hoje um reforço “imediato” da defesa coletiva dos membros da Aliança com o envio de recursos por “terra, mar e ar” nos países do leste da Europa diante da crise russo-ucraniana.

“Haverá mais aviões no ar, mais embarcações na água e mais disposição em terra”, disse Rasmussen em entrevista coletiva após uma reunião do Conselho do Atlântico Norte. O secretário-geral afirmou ainda que “uma solução política é a única saída” para a crise.

O Conselho do Atlântico Norte, composto pelos embaixadores dos 28 aliados, chegou a um acordo hoje para demonstrar “solidariedade” entre eles e fortalecer a defesa coletiva, com base nas recomendações preparadas pelo comandante supremo da Otan na Europa, o general americano Philip Breedlove.

Rasmussen explicou que as medidas militares incluirão mais saídas das patrulhas aéreas aliadas sobre os países bálticos e o desdobramento de navios no Mar Báltico e no leste do Mediterrâneo, assim como em outros lugares se for necessário.

O secretário disse ainda que militares das nações aliadas “serão desdobrados para reforçar nossa disposição, treino e exercícios”, e que os planos de defesa da Aliança serão “revisados e reforçados”.

“Começaremos a implementar estas medidas imediatamente. Se for necessário, nas próximas semanas e meses se seguirão mais delas”, disse Rasmussen.

O político dinamarquês explicou que o objetivo é “a defesa, a dissuasão e a redução da tensão”.

Rasmussen frisou que as medidas estão “completamente em linha com compromissos internacionais” e enviam uma clara mensagem” de que a Otan “protegerá cada aliado e se defenderá de qualquer ameaça à segurança fundamental”.

O secretário-geral afirmou que embora os “passos militares” tomados sejam “necessários para garantir uma defesa coletiva e uma dissuasão eficazes”, a Otan espera que a reunião programada para amanhã em Genebra entre os chefes da diplomacia da Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e a União Europeia “abra o caminho para uma solução pacífica e política para a crise”.

“Pedimos que a Rússia seja parte da solução. Que deixe de desestabilizar a Ucrânia, retire suas tropas das fronteiras e deixe claro que não apoia as ações violentas de milícias separatistas pró-Rússia bem armadas”, disse.

Em 1º de abril, os ministros das Relações Exteriores da Otan decidiram desenvolver “com urgência” mais medidas para reforçar sua defesa coletiva perante a intervenção da Rússia na Ucrânia e do fato de Moscou manter uma alta concentração de tropas na fronteira com o país vizinho. EFE

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