Papa comemora restabelecimento de relações entre EUA e Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 08h48

Papa Francisco completou 78 anos nesta quarta (17) EFE Papa Francisco completou 78 anos no dia em que EUA e Cuba retomaram diálogo

O papa Francisco comemorou nesta quinta-feira a decisão de Estados Unidos e Cuba de melhorar suas relações.

“Hoje todos estamos contentes porque vimos como dois povos, que tinham se afastado durante muitos anos, deram ontem um passo de aproximação. Isto foi possível graças aos embaixadores e à diplomacia”, disse durante a cerimônia de entrega de cartas credenciais a vários embaixadores perante a Santa Sé.

Diante deles destacou o papel da diplomacia na solução de conflitos, um trabalho de “pequenos passos” que, segundo o pontífice, “acabam sempre por trazer a paz, aproximando os corações dos povos”.

Na quarta-feira se soube que delegações de ambos os países haviam realizado conversas secretas nos últimos tempos para impulsionar uma normalização de suas relações, após mais de meio século de inimizade.

Os encontros aconteceram no Canadá, como Estado neutro, e foram impulsionados pelo Vaticano e pelo próprio papa.

“O trabalho do embaixador é de pequenos passos, de pequenas coisas, mas que acabam sempre por trazer a paz aos corações dos povos, semear a irmandade”, assinalou o papa em seu discurso, divulgado em comunicado pela Santa Sé.

Neste sentido, concluiu que a diplomacia “é um trabalho nobre, muito nobre”.

Tanto o presidente dos EUA, Barack Obama, como o de Cuba, Raúl Castro, agradeceram em seus respectivos comunicados o apoio do pontífice a esta aproximação.

Ontem, o papa se limitou a dizer que estava “vivamente feliz” com o anúncio, apesar de ter feito a declaração através de seu porta-voz, Federico Lombardi.

Foi ele quem informou que nos últimos meses, o papa tinha escrito a Castro e a Obama para convidá-los “a resolver questões humanitárias de interesse comum, como a situação de alguns detidos, para dar início a uma nova fase das relações entre as duas partes”.

Washington decidiu libertar três espiões cubanos que cumpriam pena no país e Havana fez o mesmo libertando o prestador de serviços americano Alan Gross, preso em Cuba desde 2009 por atividades subversivas.

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