Papa pede para comunidade internacional evitar mortes no Mediterrâneo

  • Por Agencia EFE
  • 19/04/2015 09h12

Cidade do Vaticano, 19 abr (EFE).- O papa Francisco fez neste domingo uma chamada para que a comunidade internacional “atue com decisão e prontidão” e evite mais tragédias como a ocorrida hoje no Mediterrâneo, quando cerca de 700 pessoas desapareceram após o naufrágio de um barco com imigrantes que viajava para a Itália.

“Dirijo uma premente chamada à comunidade internacional para que atue com decisão e prontidão, com o objetivo de evitar que este tipo de tragédia volte a ocorrer”, disse Francisco.

O papa afirmou que as vítimas “são homens e mulheres como nós, irmãos que buscam uma vida melhor, famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras e que buscam uma vida melhor”.

Francisco fez as declarações durante discurso pronunciado após a reza do Angelus, diante de milhares de fieis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O papa conclamou os presentes a “orar em silêncio primeiro e depois todos juntos por estes irmãos e irmãs” desaparecidos nas águas do Canal da Sicília.

“Expresso minha profunda dor diante de uma tragédia como essa e concedo aos desaparecidos e suas famílias a recordação de minha oração”, disse.

Pelo menos 24 corpos dos cerca de 700 imigrantes desaparecidos após o naufrágio foram encontrados, informou a Guarda Costeira italiana.

Apenas 28 pessoas foram resgatadas com vida até o momento. Um dos sobreviventes disse que cerca de 700 pessoas viajavam no barco, que se acidentou a cerca de 70 milhas da costa da Líbia.

Uma fonte da Marinha de Malta explicou à Agência Efe que 17 unidades coordenadas pela Itália foram enviadas para a zona do acidente, como parte da operação Triton, e que as equipes “trabalham sem descanso” para “encontrar sobreviventes”.

O papa Francisco pediu ontem, durante um encontro com o presidente italiano, Sergio Mattarel, um “envolvimento mais amplo” da comunidade internacional.

“É evidente que as proporções do fenômeno requerem um envolvimento mais amplo. Não devemos nos cansar de solicitar um empenho mais extenso a nível europeu e internacional”, afirmou na ocasião. EFE

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