Paraguai indicia 3 pessoas por suspeita de lavagem de dinheiro para o PCC

  • Por Agencia EFE
  • 08/01/2017 16h28

Paraguai investiga ligação entre criminosos e a facção brasileira PCC

Reprodução Paraguai investiga ligação entre criminosos e a facção brasileira PCC

O Ministério Público do Paraguai indiciou e pediu prisão preventiva para três pessoas relacionadas com a organização criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC) por suposta associação criminosa em referência a uma estrutura financeira de lavagem de ativos ilegais, informou neste domingo (8) a instituição paraguaia.

Os acusados foram detidos pela Polícia Nacional do Paraguai nesta semana em uma operação contra uma “estrutura criminosa de lavagem de ativos provenientes do tráfico de drogas, de armas e outros crimes conexos”, indicou o MP paraguaio através de um comunicado.

Além disso, o Ministério Público do Paraguai destacou que a polícia segue com a operação para encontrar outros dois integrantes desta organização criminosa financeira que se encontram foragidos.

Nesse sentido, o MP afirmou que o acusado Hugo Ayala, um paraguaio de 53 anos e detido na quarta-feira passada, seria o encarregado da companhia RSS Internacional S.A., uma suposta “empresa de fachada” fundada pelo brasileiro Elton Leonel Rumich, que, de acordo com as suspeitas, seria um importante integrante do PCC.

Ayala foi detido em sua casa, onde foram recolhidos documentos de outras empresas nas quais ele teria ações, segundo a Polícia Nacional.

A detenção faz parte da investigação divulgada em dezembro, quando as autoridades anunciaram que tinham identificado o esquema de financiamento do PCC em território paraguaio.

Este esquema tem como objetivo principal criar empresas fantasmas, que são constituídas sob os princípios de legalidade, mas que são utilizadas para realizar grandes transações de dinheiro, compras de bens móveis e imóveis, indicou o Ministério Público do Paraguai.

A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai citou como uma dessas empresas a RSS Internacional S.A., que desde a sua criação em 2013, teve receitas de aproximadamente US$ 3,7 milhões.

Outra dessas companhias seria a Notle S.A., que, assim como a anterior, foi constituída legalmente e teria sido utilizada para realizar grandes transações de dinheiro e compras de bens e imóveis.

A Senad afirmou que o “relevante” da investigação “é a presença ativa de integrantes do Primeiro Comando da Capital atuando como sócios e acionistas dessas empresas”.

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