Partido Comunista da China confirma expulsão de cinco membros por corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 23/10/2014 10h37

Pequim, 23 out (EFE).- O Partido Comunista da China (PCCh) confirmou nesta quinta-feira a expulsão de cinco importantes membros do grupo por corrupção, entre eles o ex-responsável pela regulação das empresas estatais e o vice-ministro de Segurança Pública, o que abre a porta a seu próximo julgamento.

O anúncio coincide com o fechamento do congresso anual do PCCh em Pequim, a reunião política mais importante do ano no país, que esteve focada no “Estado de Direito” pela primeira vez na história do partido.

O PCCh confirma a saída de Jiang Jiemin, ex-responsável pela regulação de empresas estatais; Li Dongsheng, vice-ministro de Segurança Pública; Li Chuncheng, ex-vice-secretário-geral na província de Sichuan (sudoeste), e Wang Yongchun, executivo da maior petrolífera estatal, CNPC, e Wan Qingliang, secretário do PCCh em Cantão, a quarta maior cidade do país.

Segundo as conclusões do plenário, às quais apenas a imprensa oficial teve acesso, o PCCh anunciou a expulsão de Yang Jinshan, subcomandante do Exército Popular de Libertação (PLA) chinês, acusado de corrupção.

Yang era subcomandante do Comando Aéreo Militar da cidade de Chengdu, na província de Sichuan, no oeste da China, e foi expulso por “graves violações de disciplina”, termo usado para se referir a casos de corrupção.

O partido governante também anunciou as pessoas que ocuparão três das novas vagas abertas após as expulsões, informa a agência oficial “Xinhua”.

Os três novos membros serão Ma Jiantang, diretor do Serviço Nacional de Estatísticas, Wang Zuoan, diretor da Administração Pública de Assuntos Religiosos, e Mao Wanchun, um líder da província de Shaanxi, no norte do país. Eles substituirão Li Dongsheng, Jiang Jiemin e o subcomandante Yang Jinshan.

As expulsões fazem parte da campanha anticorrupção liderada pelo presidente da China, Xi Jinping, desde sua chegada ao poder, em março de 2013, e que já excluiu importantes figuras políticas como o aspirante a presidente Bo Xilai, condenado à prisão perpétua.

Entre os anúncios desta quinta-feira ainda não se encontra o mais esperado pelos especialistas, a expulsão do ex-ministro de Segurança Zhou Yongkang, acusado de corrupção pelo PCCh há meses e cujo destino poderia ter sido decidido durante o plenário. EFE

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