Pentágono analisa se jihadistas roubaram armas enviadas para curdos em Kobani

  • Por Agencia EFE
  • 21/10/2014 23h20

Washington, 21 out (EFE).- O Pentágono analisa se um dos 28 lotes com armas e ajuda médica lançados via aérea para as forças curdas que combatem na cidade síria de Kobani foi parar nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), segundo informou nesta terça-feira seu porta-voz, o contra-almirante John Kirby.

Kirby assegurou que estão “muito seguros” que a “maioria” das provisões foram parar “nas mãos corretas” exceto um, que disse não poder confirmar se foi apreendido pelos jihadistas.Em um vídeo divulgado hoje no YouTube supostos combatentes do EI aparecem junto a um grupo de caixas envolvidas em uma rede presa a um grande paraquedas que posteriormente abrem e contêm material militar como granadas.

Os Estados Unidos lançaram no domingo armas, munição e provisões médicas aos combatentes curdos que defendem a cidade de Kobani, no norte da Síria, dos militantes do grupo extremista autodenominado Estado Islâmico.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou nesta terça-feira que dois paraquedas com armamento e material sanitário caíram nas áreas sob o controle do EI.

Segundo a organização, os extremistas conseguiram roubar a carga de um dos paraquedas, mas o segundo poderia ter sido destruído pela aviação da coalizão internacional antes que os radicais retirassem as armas e o material.

Kirby assegurou que as forças curdas controlam a maioria da cidade, mas que o Estado Islâmico continua sendo uma ameaça e disse que ainda não sabem se será necessário realizar novos envios aéreos.

O EI iniciou o ataque a esta cidade no último dia 16 de setembro e atualmente domina um terço de sua superfície.

Kobani, que é um dos três principais enclaves curdos da Síria, está rodeada por todos os lados pelos jihadistas, exceto pelo norte, onde faz limite com a Turquia.

As outras duas regiões curdas sírias são Afrin, localizada na província de Aleppo, da mesma forma que Kobani, e Al Jazeera, em Al Hasaka. EFE

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