Pentágono diz que é “muito cedo” para saber se mudanças afetarão Guantánamo

Washington, 19 dez (EFE).- O porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby, considerou nesta sexta-feira que ainda é “muito cedo” para saber se a mudança nas relações entre Estados Unidos e Cuba afetará à base militar de Guantánamo, onde mais de 100 suspeitos de terrorismo estão detidos.

Em entrevista coletiva, Kirby afirmou que é esperado, “em algum momento”, algum tipo de relação em matéria de defesa, “como com qualquer outra agência do governo”, mas ainda “estamos muito no início” do processo de normalização das relações.

Ao ser perguntado se a nova etapa da relação bilateral entre os dois países poderia envolver a devolução da base militar, Kirby considerou que “ainda é muito cedo para determinar o que vai acontecer e quais serão os impactos sobre a base, não apenas sobre o centro de detenção”.

O porta-voz disse que o Departamento de Defesa continua apoiando o plano do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de fechar o centro de detenção, aberto depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Nesse sentido, garantiu que o processo para o seu fechamento e as mudanças de presos para outros países vão continuar.

Depois da transferência de seis internos para o Uruguai, restam 136 presos em Guantánamo, dos quais 67 já têm aprovação para serem transferidos, enquanto outros 59 estão passando por uma revisão para determinar se poderão ser libertados. Apenas dez enfrentam acusações, foram indiciados formalmente ou estão cumprindo pena. EFE